quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Desperte! Renasça! Eleve-se! Manifeste-se! Que mais lhe resta fazer?
Em vista de o Evangelho vir sendo pregado a partir da
premissa de sermos humanidade e não Espírito, imperfeição e não Perfeição,
muitos e não Um – como poderíamos escapar do mundo do pecado, da doença, da
morte?
Como homem, inevitavelmente estamos sujeitos a
vacilações, ilusões e erros de toda espécie; portanto, como homem, nunca nos
livraremos disso tudo. Enquanto não despertarmos para a nossa identidade real,
e operarmos segundo nossa natureza verdadeira, a experiência humana não terá
fim.
Um enfoque verdadeiro corrige o falso, que, pela própria
correção, desaparece. Analise a tremenda perda de tempo, o trabalho e esforço
empreendidos atualmente para que se destruam as doenças, pecados, carências e
limitações, em vez de a atenção ser voltada inteiramente ao “EU”, onde nada
disso existe! Como homem, jamais você acabará com o mal; porém, se remontar à
sua origem divina, o Eu Sou, sua posição humana se apagará por completo.
Querer promover melhoria ou cura em mentes ou corpos
individuais veio provando ser um grande benefício à humanidade em toda parte;
entretanto, a real necessidade é “ascendermos” ao estado espiritual, onde cura
alguma é requerida. Definitivamente, o ponto de vista humano deve ser
substituído pelo Divino; assim, a causa de toda discórdia será removida.
Guerra alguma poderia jamais existir de si mesma; nenhum
pecado, doença ou morte poderiam aparecer, a não ser graças à inverdade de que
somos homem e não Deus. Vejam! Ser Espírito, ser Mente, ser Vida eterna— eis a
única solução universal e perfeita.
A declaração, “Eu sou Deus e não há outro ao lado de
mim”, possui, por assim dizer, dois lados que levam ao mesmo sentido exato:
(a)Eu sou Deus; (b) não há outro.
Na visão de que Deus, o Eu que Eu Sou, é
Todo-Perfeição, Todo-Harmonia e Todo-Inteireza, temos um ponto de vista que
inclui necessariamente a percepção e conhecimento de que não há outro. De
igual forma, ao observarmos algum tipo de discórdia e limitação,
compreenderemos a sua unidade na base de que Eu, o Eu-Sou-Vida e
Inteligência, é Tudo que É. Com a total compreensão desta
declaração, nós(EU) deveremos, então, “provar todas as coisas”.
Muitos gostariam de ouvir explicações sobre a causa do
surgimento no mundo de doença, guerra, formas diversas de limitação, quando, na
verdade, Deus enche o espaço por inteiro. Isso é impossível de ser compreendido
ou elucidado sem que haja o supremo conhecimento de que Deus, o Eu Sou o que
sou, é um todo; que inclui a identidade infinita.
O assim-chamado homem-genérico é o único responsável por
cada guerra, doença, pecado, pobreza e limitação que temos hoje em dia. Somente
ele traz tudo isso a uma quimérica existência, atribuindo nomes às formas
apresentadas e fazendo com que elas se mantenham. Enquanto não despertar da
morte para a vida (a exemplo do pródigo), não entenderá a inexistência plena de
tudo aquilo, para se ver liberto.
De que modo é ele o causador de guerras e doenças?
Julgando-se um homem, uma pessoa, um indivíduo; deixando de se considerar o
Caminho, a Verdade e a Vida— o Eu sempre imaculado e perfeito.
Por causa dessa ideia imprópria, retida sobre si mesmo e
os demais, ele parece se tornar um outro ser, chamado homem, de inteligência
limitada e incompleta, cuja vida é mutável e insegura, e cujo mundo é finito e
inconstante. Operando sob base falsa e pervertida, seus pensamentos são
ilógicos e imperfeitos, ineficientes e incorretos, confusos e desordenados;
assim, eles resultam em ilusórias formas de guerras ou desarmonias de todo
tipo, sorte e natureza.
As expressões de seus pensamentos verdadeiramente
representam seu suposto desvio do estado real. Exemplificando, muitas de suas
invenções, em vez de se mostrarem como bênçãos eternas, acabam lhes retornando
para destruí-los. Nenhuma de suas invenções chega a ser perfeita, sempre
mostrando algum traço de imperfeição. Desse modo, há o sucessivo abandono do
que ele próprio realiza, à espera sempre de algo novo que seja capaz de
satisfazê-lo por completo.
Jamais ele irá conseguir produzi-lo num mundo de sua
própria criação! Jamais ele encontrará sucesso permanente, segurança
invulnerável, saúde perfeita ou integralidade – ENQUANTO permanecer, ele próprio,
julgando-se um ser humano limitado, ou uma identidade individual separada.
Renegando sua real identidade como sendo a Mente criativa
Todo-poderosa, com seu poder ilimitado para criar tudo bem e perfeito, ele se
torna, segundo sua falsa crença, um mortal frágil e pecaminoso, sempre em busca
de perfeição (perfeição que já existe disponível em seu próprio interior, em
seu verdadeiro ser) e, em seu lugar, encontra sempre as incertezas, guerras,
tribulações e morte.
Enquanto não se elevar e aceitar seu estado verdadeiro – o
Todo ilimitado e livre -, jamais poderá experienciar aquilo que busca, ou
seja, o Paraíso; isto porque o “Eu” e o “Paraíso” são um.
A grande realidade perdura eternamente: o Ego infinito e
a identidade infinita são um todo indivisível; perfeito, absoluto e completo.
Jamais estivemos sendo um homem ou alguém espiritual ou material. Jamais
estivemos sujeitos a limitações de qualquer espécie. Agora, e sempre, Eu e
meu Ser somos Um e idênticos.
Desperte! Renasça! Eleve-se! Manifeste-se! Que mais lhe
resta fazer? Que mais restaria para ser dito? Inexiste outra direção a ser
indicada, e que pudesse ter algum valor real para aquele que está em “terra
distante”.
*
filed under Dárcio Dezolt · Lilian Dewaters
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