quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A reverência é um tesouro que podemos descobrir quando estamos sós perante o Infinito.


Reverenciar

A reverência é um tesouro que podemos descobrir quando estamos sós perante o Infinito. Muitos já experimentamos esse sentimento ao contemplar as estrelas. Quão expansivo, profundo e silencioso é o cosmos! E como desperta a memória interior, trazendo-nos recordações sutis da nossa origem estelar!

A reverência dignifica o ser, eleva a consciência, prepara-a para mais amplos contatos. Seria importante ensinarmos a reverência para nossas crianças... Pelo exemplo belamente faríamos isso!

Se o céu noturno ativa em nós a reverência, podemos conscientemente despertá-la em outras situações. Tal exercício, aparentemente sem importância, pode transformar radicalmente nossa vida e, por conseguinte, o mundo.

Experimentemos. É preciso ousar sair dos esquemas automáticos das reações cotidianas e estar diante das situações de maneira única e renovada. Por exemplo, perceber a água ao lavar as mãos, agradecer, reverenciar a Mãe Natureza. Sentir a brisa, o calor do sol, o vento, a chuva, o frio e sempre agradecer, reverenciar.

Se o cenário nos abençoa com a fumaça dos automóveis, a sujeira, o barulho e o caos, também aí agradecemos, reverenciamos o Infinito ainda oculto e aprisionado na desarmonia, para que se ative, para que transmute e libere nossas cargas de sofrimento e ignorância.

A reverência surge da gratidão e da harmonia. Cura e transforma os que a ela se unem; liberta a alma e lava-lhe o passado. Que bela companhia! Naveguemos na vida com ela e nela. Sejamos como faróis a iluminar os mares tempestuosos da nossa civilização.

Se a mente diz que isso é pouco, que há muito para ser transformado no mundo e que os tempos urgem e que de nada adiantaria nos esforçar nessa direção positiva, sorria. Apenas sorria com o coração, em silêncio -- e prossiga.

Assim se forma a corrente do bem. Assim se unem mãos que oram e laboram por um futuro luminoso. Assim, estranhos descobrem-se irmãos, iluminam-se as almas, prevalece o espírito!

Cósmica jornada! O Infinito desvela-se aqui, em cada pequeno ato de amor...

Reverenciemos!

Simón Paz

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