Colocar a questão da maturidade evoca, necessariamente, a existência da imaturidade ou, em outros termos, como prematuridade ou imaturidade, pouco importa.
A maturidade da qual é referida concerne, é claro, ao sentido no qual nós o entendemos, ou seja, espiritual.
A maturidade do Espírito é um longo processo de transformação e de alquimização nesse mundo.
A maturidade compreende a capacidade para não mais estar submisso aos impulsos da imaturidade ou da falta de experiência ou da falta de consciência.
A maturidade é o que vai permitir-lhe perceber – além mesmo do sentido das palavras, além mesmo da expressão que é emitida ou da situação que você enfrente – colocar-se, mesmo se você não conheça a situação, em um estado no qual poderá manifestar-se, independentemente de qualquer prejulgamento, independentemente de qualquer experiência passada, algo que é da ordem, aí também, da questão anterior, ou seja, o Instante Presente.
A imaturidade é, sempre, de uma maneira ou de outra, uma fuga do real e do Instante Presente.
Frequentemente, ali é acoplada a noção de impulsividade, a noção de ato irrefletido ou de ação irrefletida, enquanto a maturidade, sem referir-se a uma questão de idade, mostra, simplesmente, a integração e a superação do que é levantado na consciência, não em relação a um passado, não em relação a uma experiência idêntica, mas, bem mais, como o fato, eu diria, e como o diz essa expressão: “Em sua alma e consciência”, ter portado um olhar, ao mesmo tempo, plenamente presente, ao mesmo tempo, plenamente distanciado, ao mesmo tempo, no papel do observador e, ao mesmo tempo, no papel daquele que vive o que há a viver.
É, de algum modo, levar em consideração parâmetros que nada mais têm a ver com a noção de imaturidade ou de maturidade.
A maturidade de que falamos é, mais, um sentido de responsabilidade.
A responsabilidade concorre e manifesta é uma das manifestações da Autonomia e da Liberdade.
A maturidade é reconhecer, também, a liberdade de cada um através de suas escolhas, suas experiências, seus posicionamentos, suas opiniões.
Respeitar o julgamento do outro sem julgá-lo si mesmo.
Respeitar o que o outro emite, o que o outro é, vendo-o pelo que ele é e não pelo que ele apresenta, ou seja,a ver além da aparência, ver além do parecer, ir até o Coração do Coração, no qual, em definitivo, nós somos, todos, sob uma expressão diferente, a mesma Unidade, a mesma Verdade, a mesma Fonte e a mesma Alegria.
Só o olhar limitado e distanciado nos faz crer no inverso, de acordo com nossa idade, de acordo com nossa condição, segundo nosso meio de origem e segundo nosso programa de vida, simplesmente.
A maturidade não consiste em controlar, de algum modo, um caminho de vida ou experiências, mas entrar, verdadeiramente, na Autonomia e na Responsabilidade reivindicadas, de algum modo, em plena consciência e em plena luz, após ter colocado a Luz, cada ato e cada palavra de sua vida, mesmo a mais leve, como a mais grave.
A maturidade no sentido comum é, frequentemente, o resultado de uma evolução, de uma transformação de um estado em outro estado, portanto, uma bonificação.
A maturidade espiritual é apenas a tomada de consciência da responsabilidade, da Autonomia, da Liberdade, do respeito do outro como parcela de si mesmo e não como outro separado.
É transcender o olhar dual.
Fevereiro- 2015
Rendo Graças às fontes deste texto:
http://www.lecollectifdelun.com/f13-CANALISATIONS-du-Collectif.htm
Tradução: Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net/
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