
A mente é o espelho da vida em toda parte... 
Ergue-se  na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto,  que, arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a orientação do  lapidário, para a magnificência da luz. 
Nos seres  primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge  entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos  Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina. 
Estudando-a  de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a  animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o  campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o  conhecimento adquirido nos permite operar. 
Definindo-a  por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o  cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que  tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para  acrísolar e sublimar. 
Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca. 
Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão. 
O reflexo esboça a emotividade. 
A emotividade plasma a ideia. 
A ideia determina a atitude e a palavra que comandam as acções. 
Em  semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das causas de  que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas  libertadoras da existência. 
Ninguém pode  ultrapassar de improviso os recursos da própria mente, muito além do  círculo de trabalho em que estagia; contudo, assinalamos, todos nós, os  reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de  assimilação. 
Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante. 
Respiramos  no mundo das imagens que projectamos e recebemos. Por elas,  estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos  escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador dos  poderes que nos induzem à purificação e ao progresso. 
O reflexo mental mora no alicerce da vida. 
Reflectem-se as criaturas, reciprocamente, na Criação que reflecte os objectivos do Criador.
Emmanuel
(Do livro "Pensamento e Vida", 1, FCXavier)

















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