quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
A todos os minutos nos são dados exemplos Sublimes...
Aprendendo com a Natureza
Que possamos ser como a relva - que
tem a flexibilidade de se abaixar durante as tempestades e se reerguer na
calmaria; que tem a firmeza de se manter segura ao seu solo enquanto as ondas
inundam seu território, confiante de que elas também passarão; e que tem a
humildade de se resignar perante uma força maior que ela.
Que possamos ser como as nuvens –
que cantam enquanto se transformam em chuva, sem querer ser melhor nem pior que
nuvens, apenas ecoam louvores à transformação.
Que sejamos nós tão íntegros e
belos quanto a Natureza que nos dignifica a alma. Que na nossa natureza também
sejam expressas as dádivas da vida e a beleza da existência…
Só reconhecemos a grandeza das
montanhas e a delicadeza das flores, porque tais virtudes habitam o nosso ser.
E embora muitas vezes nos esqueçamos de adubar o nosso jardim, não significa
que as boas sementes estejam mortas. Latente em nós está a voz do vento que
entoa os segundos; firme em nós está a sabedoria do ancestral carvalho e a
inocência do despertar de um broto. Tanto quanto vibra em nossa lareira interna
o fogo que aquece e transmuta todas as coisas, e as águas que perpassam os
séculos.
Observemos as nossas labutas
diárias não na contramão dos fatos, como se elas fossem um martírio imposto por
um destino inexorável, mas faremos como o pássaro que detém a liberdade do
labor – trabalha por respirar o Bem e por ele ser grato. Sejamos também
construtores da nossa morada interna, e tenhamos a elegância de bem decorar o
nosso ninho.
Aprazemos com a nossa consciência
as virtudes que queremos viver, e como o sol que todos os dias nos mantém a
vida e irradia o esplendor, sejamos responsáveis em mantê-las vivas e altivas
em nossos pensamentos, palavras e ações.
Todos os minutos nos são dados
exemplos sublimes. Sejamos capazes de reconhecê-los; de não distorcer a
qualidade da uva devido ao mau vinho; de não azedar o melado devido à doente
saliva; de não culpar a paisagem pela visão limitada.
Não confundamos o sopro do vento
com as nossas emoções à deriva. Saibamos que há sabedoria por trás do
desprender da folha de outono, como há sabedoria por trás da realidade, cuja
nossa frágil compreensão não alcança.
Que o canto do rouxinol bendize a
nossa voz, para que nossas palavras sejam melodia alegre para os corações. Que
o silêncio dos vales abençoe os nossos pensamentos, para que sejamos serenos e
transparentes em nossas expressões. Que a constância dos mares resvale sobre os
nossos ombros, para que sejamos firmes em nossas missões. Que a imensidão do
Céu nos ensine a magia de nossos divinos mistérios, e a grandeza da Terra nos
auxilie a aceitar o adubo e o lixo, e a tudo transformar em vida.
Que possamos ser o que estamos
predestinados a ser: Humanos.
http://gayaaldeiadoser.blogspot.pt
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