segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
...e,... reflexão sobre o artigo precedente
COMENTÁRIOS
SOBRE
O
ARTIGO
"PARA OBTER A CURA: PONHA SEU PESO NO PRATO
CERTO"
Dárcio
.
Atualmente,
o maior impedimento para a cura, no movimento da Ciência Cristã, talvez esteja
na tentativa de misturar o tratamento pela Ciência Cristã com remédios
materiais. Tal procedimento simplesmente não funciona! O tratamento pela
Ciência Cristã afirma que o homem é espiritual. Quando alguém inverte seu curso
e procura ao mesmo tempo remédios materiais ou busca diagnóstico médico, está
realmente declarando: “Sou material”.Um método anula os efeitos do outro na
balança da confiança mental, e a cura fica bloqueada até que a frivolidade de
misturar os métodos seja compreendida e abandonada. Alguém pode até atrasar sua
cura sem que, de fato, chegue a consultar um médico ou tomar remédios. Se,
enquanto alguém recebe tratamento pela Ciência Cristã, mantiver no fundo da
consciência a ideia de que, não sendo curado espiritualmente, ainda poderá
recorrer à medicina, isto já é suficiente para impedir a cura. Enquanto sua
confiança e esperança estiverem divididas entre Deus e a matéria, tal divisão
impedirá a pessoa de ter confiança radical no Espírito suficiente para fazer
pender a balança para o lado certo. Assim, a fim de efetuar a cura espiritual
num caso desses, é preciso negar diretamente a pretensão de que o homem possa
ser doutrinado com crenças materiais. Falando cientificamente, a falsa educação
que um paciente parece manter em pensamento faz tão pouca parte dele como a
doença; e somente necessita ser corajosamente enfrentada e curada.
- 3
-
O
que está neste trecho já não corresponde ao que eu próprio pude
constatar, em minha experiência. Vi muita gente ser curada
espiritualmente, mesmo sendo tratada juntamente pela medicina. Como já vi
também o contrário: a cura não acontecer, mesmo estando a pessoa sem empregar
remédios materiais. A Seicho-no-Ie já publicou diversos relatos de cura nesse
sentido, provando que a cura espiritual não é barrada por nada deste mundo.
Jesus Cristo não teria perguntado a quem o procurasse se estaria ou não usando
remédios! Respeito quem prefere adotar este radicalismo, mas não é a minha
forma de ver este estudo, como um concorrente da medicina. Quem
enxerga um paciente material é que está em erro, esteja ele fazendo uso ou não
da medicina. Quando praticamos os princípios espirituais, deixamos de
considerar a "aparência humana" para contemplar unicamente a
presença de Deus como aquele indivíduo! Portanto, afirmar que o paciente
"mistura tratamento pela Ciência Cristã com remédios materiais" é
erro: significa vê-lo com a "trave em nossos olhos": isto nunca
poderia ser verdadeiro aos olhos de Deus! Portanto, volto a dizer: enxergar
este paciente humanamente, pelas aparências, seria o erro, a
não prática da Verdade. Se fôssemos avaliar assim, também não poderia
ingerir alimentos materiais! Seria igualmente dizer que tiraria sua
confiança na metafísica! Não, não tem nada a ver! E é desta forma que eu vejo o
assunto.
Há
ainda um outro aspecto, ligado à questão: se a pessoa diz sentir-se aliviada,
recebendo tratamentos da medicina, muito mais tranquila ficará para
internamente receber a ação da Verdade curativa. Fazer uso dos remédios não
significa, jamais, como expõe aqui a autora, afirmar "Sou
material". Significa, sim, usar a crença a favor da cura;
significa usar o que há de disponível e certo, dentro da própria crença, para
anular seus efeitos negativos. E assim, ao mesmo tempo,
contemplaríamos Deus sendo a Verdade única concernente ao suposto
"paciente".
O
que há de correto, neste trecho, no meu entender, é que não pode haver
desconfiança quanto à cura; entretanto, é evidente que a pessoa que se sente
tratada de toda forma disponível irá demonstrar maior confiança em ficar
restabelecida, mais do que alguma outra que, por ler este artigo, ficasse
cegamente confiando apenas no tratamento metafísico, por ter sido coagida a
agir dessa maneira. Como já disse, não adianta alguém me dizer que" um
método anula o outro", porque em décadas nesta área, seguidamente vi
dar certo a mistura, assim como também vi dar certo dispensar a medicina por
parte daqueles que se sentiram por si mesmos inspirados, encorajados e
confiantes o bastante fazê-lo.
Este
radicalismo da autora pressupõe que, por contar também com ajuda humana, a
receptividade à cura espiritual diminui, por se colocar "peso no prato
errado"; talvez isto realmente até possa ocorrer, da parte do
paciente; mas cabe ao praticista ver unicamente o Cristo no lugar do paciente;
e, no caso de ser a própria pessoa o seu praticista, caberá unicamente a ela
tomar esta decisão quanto a misturar ou não as duas metodologias.
A
questão não se restringe a somente estes pontos, pois o assunto é bem amplo; eu
gostaria de estar perto da autora e a visse, diante de alguém sendo atropelado
na rua, se ela se veria preparada, naquele momento imprevisto, para
dispensar a vinda de socorro humano. Lembro-me de ter lido, certa vez, a
própria Mary Baker Eddy dizer que, quando encontrada pelas ruas, lhe
pediam que fizesse as curas; e então, ela respondia que não era daquela
forma. Há a necessidade de uma interiorização, preparo interior e disposição
exemplares! Portanto, deixo aqui estes comentários neste sentido: não há
bloqueio algum à cura espiritual, apenas por alguém misturar o tratamento
metafísico com a medicina.
…
http://fachodeluz.zip.net/arch2013-05-05_2013-05-11.html
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