Notas:
CONSCIÊNCIA
– com ciência, com conhecimento (ciência= conhecimento)...
Percepção
– ângulo de observação...
Realização
– realizar, vivenciar ...
Dando
ênfase à parte final do SHOULD
10 – 2ª Parte
...
Agora
eu gostaria de contar um pouquinho sobre a minha vida depois da
realização, como fiz muitas vezes antes, mas eu gostaria de contar
sobre ela a partir de uma perspectiva um pouco diferente, porque
muitos de vocês estão fazendo esta pergunta: “O que acontece? O
que acontece depois da minha realização? Vai ficar tudo chato? Será
que vou saber o que fazer o dia todo? Vou achar intolerável ficar no
planeta, como Adamus, às vezes, menciona?”
Mas
eu fiquei aqui por muitos anos depois da minha realização, depois
do meu colapso. Oh, aquele colapso mental que eu acho que foi
verdadeiramente o melhor presente que me dei. Eu era muito obcecado.
Muito mental. Vivia tanto buscando as respostas através da
matemática, da ciência ou da filosofia que fiquei totalmente preso,
emperrado. O colapso da mente foi, talvez, a melhor coisa que me
aconteceu. Passei dois anos deitado na cama, mas esse é um período
muito pequeno pra os tantos presentes que recebi.
Assim,
a pergunta que vem de vocês: “O que fazer o dia todo como Mestre
encarnado, realizado?” Vou compartilhar minha história.
A
História de Kuthumi
Agora,
no ano passado, eu falei que eu andava. Coloquei um pé na frente do
outro e comecei a andar. Eu não sabia pra onde eu estava indo,
vejam, porque a minha mente tinha parado de fazer essas perguntas. Eu
tinha transcendido tudo isso, então, não fazia qualquer diferença
pra onde eu iria. Eu só colocava um pé na frente do outro e
começava a andar.
Então,
comecei minha jornada, a jornada para o meu Eu, uma jornada
simplesmente pra visitar o planeta. Comecei a caminhar, comecei a
visitar lugares e comecei a falar e falar com todas as coisas. Eu
falava com qualquer coisa com a qual eu fizesse contato. E alguns
diriam que é maluquice falar com árvores, mas experimentem algum
dia. Como Mestre encarnado, é fenomenal, porque, então, a árvore
agora começa a falar com vocês.
Assim,
enquanto eu caminhava certo dia, parei embaixo de uma árvore bem
grande e disse: “Olá, árvore. Como você está hoje?” E a
árvore respondeu, vejam bem. Ela respondeu, dizendo: “Eu sou uma
árvore, estou bem. E você, como está?”
E
eu disse: “Eu Sou um Mestre, estou bem.” E a árvore me disse:
“Você é um pouco diferente dos outros humanos que passam por
aqui. Você está realmente conversando comigo. Em vez de fazer xixi
em mim, você realmente está sentado aqui, conversando comigo. O que
o faz ser tão diferente, humano?”
E
eu disse: “Eu simplesmente saí da minha mente. Eu sou louco e
adoro isso.” [Algumas risadas]
E
eu disse para a árvore: “Árvore, você me lembra muito a mim
mesmo antes de enlouquecer. Veja, meus pés estavam fincados no chão,
assim como os seus estão. Eu não podia realmente me mover. Digo, eu
tinha pernas, mas eu estava tão preso naquilo que eu fazia que não
conseguia realmente me mover. Não conseguia realmente explorar as
coisas. Então, de certo modo, eu era como você, árvore. E, veja,
eu também era como você porque eu tinha galhos – galhos que se
estendiam de mim –, e esses galhos eram os meus ancestrais, a
minha família. E eu me prendia a essa árvore ancestral. Eu me
agarrava a todos os fantasmas dos meus ancestrais e mesmo ao meu
próprio passado. Então, de certa forma, eu era muito parecido com
você, árvore. Mas, agora, estou livre. Agora, eu só fico visitando
os lugares, andando por aí e falando com árvores. E, minha cara
árvore, que você seja abençoada com a mesma liberdade com que fui
abençoado, pra que você não fique tão presa ao solo nem a todas
as velhas memórias da família, pra que você seja livre pra ser
você, árvore.” E a árvore, então, literalmente estendeu dois de
seus grande galhos e me abraçou do modo mais doce e terno.
Será
que eu estava maluco? Será que eu estava nesse paraíso de tolos do
qual Adamus fala? Não, meus amigos. Eu estava livre. Eu era livre.
E,
então, eu continuava andando e visitando os lugares, quando, certo
dia, encontrei um rio. Eu me sentei ao lado do rio e disse: “Olá,
rio.” E o rio respondeu: “Olá, humano.”
Vejam,
na realização, na liberdade, vocês descobrirão que não existe
nunca um só dia que seja chato, porque as árvores e os rios vão
falar com vocês.
E
o rio disse: “O que você está fazendo, humano? A maioria das
pessoas só quer me atravessar, mas você se senta e conversa comigo.
O que você está fazendo, humano?” E eu disse: “Não sei, e não
importa, porque sou livre.”
E
eu disse: “Meu caro rio, eu costumava ser como você. Eu costumava
correr o tempo inteiro. Eu costumava tentar encontrar a minha fonte.
Eu costumava tentar voltar para o grande oceano, voltar para a
unidade.” E continuei: “Mas, então, eu parei. Cessei com a
busca, com aquela coisa de ficar vagando e tentando voltar pra algo
que eu não tinha ideia de onde estava ou o que era. Parei de tentar
voltar para o grande oceano. Eu me libertei. Então, meu caro rio,
que você seja abençoado também com a mesma liberdade, deixando de
tentar encontrar a fonte, deixando de voltar para a unidade, para o
seu oceano. Que você seja soberano, meu caro rio.” E, com grande
alegria, o rio me lançou um bocado d’água que me cobriu por
completo, me limpando totalmente e me refrescando.
E
continuei andando e andando, quando, certo dia, eu me deparei com um
pássaro, um lindo pássaro. Era um lindo pássaro, e eu disse: “Olá,
pássaro. Como está você hoje?” E o pássaro respondeu: “Eu
bem. E como está você, caro humano?”
E
eu disse: “Estou bem. Estou livre.” E o pássaro disse: “Você
é um humano muito raro. A maioria dos humanos não param pra falar
com pássaros, mas você, sim. Por que isso?”
E
eu disse: “Bem, meu caro pássaro, eu sou livre. Sou muito livre.”
E o pássaro me interrompeu. O pássaro disse: “Mas você não tem
asas como eu tenho. Então, como você pode ser livre?”
E
eu expliquei: “Meu caro pássaro, se você olhar bem de perto, na
verdade, você verá as asas. Elas não são físicas, como as suas,
mas eu tenho asas, e elas são todos os meus sonhos, todos os meus
desejos. E estas asas que eu tenho, elas me libertam. Elas me
permitem ir além das limitações de um corpo físico. Estas asas de
anjo que eu tenho me permitem entrar no “e”. Assim, meu caro
pássaro, embora você tenha asas que o levam para o ar, eu tenho
asas que me levam para o “e”.”
O
pássaro ficou tão contente, tão agradecido, que, literalmente,
arrancou uma das penas de seu corpo e me deu como uma bênção.
Depois,
continuando a caminhar, encontrei uma borboleta e disse: “Olá,
minha cara borboleta, como está você hoje?” E a borboleta,
batendo as asas entusiasticamente, disse: “Estou bem, caro humano.
E como você está?”
E
respondi: “Estou bem, minha cara borboleta, porque sou livre. Sou
livre pra caminhar, pra sentir.” E a borboleta disse: “Bem, caro
humano, você é muito diferente. A maioria dos humanos tenta me
pegar, me espetar numa coisa e me colocar na parede, mas aqui está
você, conversando comigo. Tem algo diferente com relação a você.”
E
eu disse: “Sim, é verdade, cara borboleta. Alguns dizem que sou
louco, mas o fato é que sou livre.”
E
prossegui: “Cara borboleta, como foi deixar de ser um simples
inseto, uma lagarta, entrar num casulo e sair como borboleta?” E a
borboleta riu e disse: “Meu caro humano, eu mal me lembro. Mal me
recordo disso. Ouvi histórias de que é a coisa mais difícil de se
fazer, mas eu mal me lembro, porque, uma vez que me libertei, uma vez
que surgi como borboleta, nada disso importava mais.”
A
borboleta e eu ficamos lá sentados por um tempo juntos, em admiração
por todo esse processo do despertar até a liberdade, enfim. A
borboleta se aproximou e pousou na minha cabeça um instante,
agitando as asas pra me dar uma bênção, assim como eu compartilhei
uma bênção com ela. E depois voou. E eu pude sentir a liberdade, a
liberação, a mesma pela qual passei na minha transformação. E eu
também mal me lembrava daquela vez em que tive o colapso mental.
Continuei
caminhando e visitando os lugares, até que, um dia, cheguei a uma
vila, um vilarejo. Era um vilarejo com pessoas – pessoas que faziam
seu trabalho diário, que tinham seus afazeres cotidianos –, e
senti a energia mudar. Vejam, estar com humanos, estar com pessoas.
Era muito diferente de encontrar borboletas e de falar com árvores e
me comunicar com rios. Cheguei a esse vilarejo e tive uma sensação
muito desagradável e diferente.
Mas
continuei sorrindo, porque eu estava realmente feliz. Continuei
assobiando, porque isso enchia meu coração e minha alma com minha
própria música. E, enquanto eu entrava no vilarejo, acenei e sorri
para as diversas pessoas que vi. E eu disse: “Olá, pessoas do
vilarejo. Como vocês estão hoje? Olá, pessoas do vilarejo.” E
quase entrei em choque com o que ocorreu em seguida. Em vez de me
receberem com alegria, em vez de sentirem felicidade, em vez de
falarem comigo, como faziam as borboletas, as árvores, os rios e os
pássaros, bem, percebi que elas acham que eu estava mesmo no paraíso
dos tolos, que eu estava maluco.
E,
então, sem dizerem realmente uma palavra, pude quase senti-las
cantando, gritando pra mim, gritando algo que... bem, era assim:
EINAT:
Ele ficoooou...
GERHARD:
... biruta, tantã, doido, maluuuuco!
EINAT:
Olhando fixo para as pareeeeedes!
GERHARD:
Mas não porque é indolente.
AMIR:
Sua mente está perturbaaaada!
EINAT:
Mas seus sentidos estão inflamados!
GERHARD:
Seus aspectos estão se rebelando.
EINAT,
GERHARD E AMIR: Mas ele está tão... tãããão satisfeito! [Algumas
risadas]
KUTHUMI:
E foi isso que eu ouvi das pessoas do vilarejo, meus amigos. Foi o
que eu ouvi.
Como
foi triste, depois de estar na natureza, conversando com árvores,
borboletas e com o rio, como foi triste, realmente, ser recebido
sendo chamado de tolo, de idiota, só porque eu tinha me libertado,
só porque eu tinha me deixado.
E
vocês também podem se deparar com isso fazendo o que vocês estão
fazendo, na sua iluminação encarnada. Vocês podem ouvir, de tempos
em tempos, as vozes dessas pessoas do vilarejo, daqueles dizendo que
vocês são tolos, que vocês são doidos de pedra. Vocês podem
ouvir essas vozes vindo daqueles que estão mais perto de vocês.
Vocês podem ouvir essas vozes daqueles que vocês chamam de amigos,
daqueles com quem vocês têm compartilhado muitas vidas neste
planeta. Vocês podem ouvir essas vozes repetidas vezes. Mas, meu
queridos, lembrem-se, o que é o verdadeiro paraíso dos tolos? O que
é o verdadeiro paraíso dos tolos? E quem são os que estão
realmente malucos?
Prossegui
em minhas jornadas, seguindo de vilarejo em vilarejo, de floresta em
floresta. Continuei falando com o céu, com as pedras, com a Terra em
si, assim como vocês falarão. E vocês vão descobrir que todos
eles respondem, talvez não com palavras humanas, mas eles também
vão falar com vocês.
Vocês
também vão encontrar pessoas incríveis pelo caminho. Não muitas,
mas vocês encontrarão pessoas incríveis que farão tudo valer a
pena. E, então, vez por outra, vocês vão ouvir as vozes das
pessoas do vilarejo. Vocês vão ouvir as vozes dos humanos que acham
que vocês são malucos. Vocês vão ouvi-las e... como faremos de
novo, será algo assim:
EINAT:
Ele ficoooou...
GERHARD:
... biruta, tantã, doido, maluuuuco!
EINAT:
Olhando fixo para as pareeeeedes!
GERHARD:
Mas não porque é indolente.
AMIR:
Sua mente está perturbaaaada!
EINAT:
Mas seus sentidos estão inflamados!
GERHARD:
Seus aspectos estão se rebelando.
EINAT,
GERHARD E AMIR: Mas ele está tão... tãããão satisfeito!
KUTHUMI:
De fato. Realmente.
Assim,
meus caros amigos, é uma enorme honra estar aqui com vocês mais uma
vez. Só lembrando que nunca, jamais há um dia chato sequer para um
Mestre encarnado. Tudo vai conversar com vocês. Tudo vai fazer um
tipo de som. Tudo vai se comunicar, seja com palavras, seja
simplesmente com sentimentos. Tudo vai se abrir e se tornar muito,
muito sensual.
Mas,
lembrem-se de que vocês se encontrarão com as pessoas do vilarejo,
com aqueles que não compreendem, com aqueles que acham que vocês
estão malucos, com aqueles que tentam colocar vocês pra baixo e
ridicularizá-los. Mas é aí que vocês respiram fundo e
simplesmente permitem, simplesmente sentem.
Assim,
vamos respirar bem fundo juntos enquanto encerramos o dia de hoje.
Vamos respirar bem fundo juntos com a música do Yoham.
Com
isso, Eu Sou, Eu Sou, realmente, Kuthumi. Namastê.
LINDA
E A PLATEIA: Namastê.
KUTHUMI:
Obrigado. [Aplausos da plateia]
[E
segue a música do Yoham, que, ao final, agradece ao público, que
vibra e aplaude.]
LINDA:
Obrigada, Geoffrey Hoppe, canalizando Adamus e Kuthumi. Obrigada,
Geoffrey Hoppe.
EINAT
E GERHARD: E Linda Benyo!
LINDA:
Ohh! E a plateia! É o melhor público do planeta para um show!
Este grupo! Obrigada por este encontro mensal do Círculo Carmesim!
Ninguém pode superar isto! Maravilha! Vemos vocês novamente daqui a
um mês. Obrigada! Obrigada a todos! Namastê! Uau! Uau! Estou tão
animada!
Tradução
de Inês Fernandes – mariainesfernandes@globo.com
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/textos/transhuman10parte2.html
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