terça-feira, 7 de maio de 2019
A sua única missão de Vida...
Em
Satsang, estamos falando de algo a partir de uma experiência,
de uma vivência direta. Assim, não estamos tratando de uma teoria.
Eu só posso lhe falar de minha própria experiência e, para mim,
essa Realização representa Felicidade. Tudo o que falamos aqui é
sobre essa questão da Felicidade. Para mim, essa é a grande e única
coisa que importa.
Sua
única missão na vida é realizar seu Estado Natural, que é
Felicidade... é descobrir sua Felicidade. Essa é
a única coisa que importa! Satsang é algo revelador e você
está aqui para descobrir Isso. Então, tudo o que posso tratar com
você, nesses encontros, é a partir de uma visão direta, de minha
própria experiência.
A
busca de todos é pela Felicidade. Há uma grande dor presente em
todos, que é a dor do sentido de separação, a dor do não
reconhecimento da Verdade sobre si mesmo. Então, não importa
quantas coisas você já tenha realizado em sua vida ou quantas
coisas ainda pretende realizar. Sem o reconhecimento da Verdade
sobre si mesmo, não há Felicidade.
Esses
são encontros de Revelação do Silêncio, da Verdade e da Paz, algo
inerente ao seu Estado Natural. Essa é a sua missão de vida! Sua
missão de vida é a própria Vida! Entretanto, você permanece em
sofrimento em meio a toda satisfação, realização, prazer e
conquista. Dentro desse sentido de separação, de distância da
Verdade, algo que o pensamento tem produzido aí, você se mantém em
sofrimento.
Uma
coisa interessante é que o sofrimento, em si, não é o problema;
ele é a indicação de que o sentido de separação está presente.
Assim sendo, o sofrimento é um sinalizador de que esse sentido de
separação não é o seu Estado Natural. As tradições religiosas
(Budismo, Cristianismo, Hinduísmo, ou qualquer outra tradição) têm
tentado cuidar desse assunto, mostrando a importância da união com
o Divino, com a Verdade.
O
problema é que, enquanto houver o sentido de um “eu” presente,
essa Unicidade é impossível. Na verdade, esse próprio “eu” é
a ilusão da separação, da dualidade, e enquanto houver dualidade,
haverá sofrimento. Essa própria busca pela Felicidade ainda é
parte do sofrimento. Eu quero repetir mais uma vez isso: o sofrimento
não é o problema, é uma boa coisa, porque ele lhe mostra, lhe dá
um sinal desse sentido de separação.
Então,
toda essa dor psicológica, essa dor de separação, está
sinalizando que você não está em seu Estado Real, em seu Estado
Natural. Assim, quando falamos de Felicidade, estamos falando de algo
completamente livre e independente das situações externas. É algo
que precisa ser claramente compreendido.
"Então,
toda essa dor psicológica, essa dor de separação, está
sinalizando que você não está em seu Estado Real, em seu Estado
Natural."
Felicidade
é algo que flui de sua Verdadeira Natureza, algo completamente
independente de qualquer situação externa, inclusive da condição
do próprio corpo. Uma coisa é a dor física causada por uma
enfermidade, outra coisa é essa dor psicológica causada pelo
sentido de um “eu” com suas exigências, escolhas, desejos e tudo
mais. A dor física acontece nessa estrutura corpo-mente, enquanto
que a dor psicológica ocorre no imaginário senso de uma entidade
separada – esse é o real sofrimento.
Assim,
é possível haver dor sem qualquer sofrimento. A dor é algo neural,
fisiológico, é algo nessa estrutura, nesse organismo, mas,
psicologicamente, a dor tem um significado completamente diferente; é
a dor da separação. Se você ainda não teve uma dor física, não
se preocupe, você terá. Enquanto houver corpo, haverá uma forma de
dor. Isso é algo inevitável.
Esse
tipo de sofrimento é a ausência do acolhimento da vida como ela se
mostra, como ela se apresenta; é quando há um conflito na relação
com o que se apresenta neste instante. Isso é algo completamente
psicológico, sem nenhuma realidade, pura imaginação. Conseguem ver
isso?
A
mente egoica vive nesse modelo, dentro dessa programação. Todos à
sua volta estão vivendo dentro dessa programação. Não existe
aquele que tenha coragem de renunciar ao sofrimento, porque o fim do
sofrimento é o fim da ilusão de uma identidade presente, é o fim
do sofredor. Nesse sentido, todos amam o inferno. Se você escolhe
viver nesse “senso de dualidade”, nesse “senso de separação”,
você ama o inferno. Esse é o problema.
*Transcrito
a partir de uma fala em um encontro online na noite do dia 27 de
Março
de
2019 – Encontros online todas as segundas, quartas e sextas as 22h
(exceto em períodos de retiros) – Para informações sobre o app
Paltalk e instruções de como participar acesse
o link: http://mestregualberto.com/agenda/encontros-online
http://marcosgualberto.blogspot.com/2019/05/sua-unica-missao-na-vida.html
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