terça-feira, 9 de junho de 2015
A Questão: Qual é a crença que me freia para abandonar-me ao Absoluto?
QUAL É A CRENÇA QUE ME FREIA PARA
ABANDONAR-ME AO ABSOLUTO?
BIDI - A QUESTÃO
SEGUNDA-FEIRA, 11 DE MAIO DE 2015
Qual é a crença que me freia para abandonar-me ao Absoluto?
A mais irresistível das crenças: você mesmo.
Enquanto você acreditar na menor
partícula deste corpo, enquanto você acreditar no menor elemento da história,
você está inscrito no efêmero.
Nenhum efêmero irá permitir-lhe aceder ao
Absoluto.
Naturalmente, existem condições
anteriores, ligadas à própria estrutura da vida neste mundo, inscritas, é
claro, na personalidade (no ego) e, também, no Si.
Sem entrar nos detalhes demasiadamente
complexos, o que freia é a negação do Absoluto porque o ego sempre tem, por
objetivo (por função), para apreender algo que lhe é desconhecido, torná-lo dele,
descritivamente, em uma vivência, em uma
experiência.
Querer apreender-se, querer conhecê-lo, é
impossível.
A maior das resistências situa-se, é
claro, nesse nível e em nenhum outro lugar.
A crença em si mesmo é o freio o mais
potente.
Mas você não é, tampouco, esse freio.
Aliás, quem freia, a não ser o que você
mesmo construiu, o que você mesmo
imaginou?
Eu queria dizer-lhe que nada mais é
preciso imaginar, em qualquer futuro e em qualquer passado, para viver o
Absoluto e, portanto, ser o Absoluto.
A crença no fato de viver o Absoluto leva
ao Ser Absoluto.
Há, de algum modo, um sinal portador (marcador ou testemunha) da instauração de alguma coisa
desconhecida: é a Onda da Vida e a
Transcendência dos centros de energias inferiores.
Mas não deem, tampouco, peso a tudo isso
porque, se vocês ali atribuírem mais peso do que o necessário, isso vai também
se cristalizar.
Isso irá também limitá-los e contribuir
para manter os limites do confinamento.
A melhor atitude, naturalmente, é a
espontaneidade da criança.
É aquele que está totalmente imerso na
experiência.
Sem julgamento, sem ponto de referência,
sem projeção.
Enquanto existir um julgamento, uma
referência, uma projeção,
você não é a criança.
E, portanto, o Absoluto não pode vir
bater ao que você É.
É a você que pertence criar as
circunstâncias pré-requisitos ao Absoluto.
Isso é, em parte, o que eu falei: a investigação
sobre tudo o que você não é, porque isso é efêmero.
Isso consiste em eliminar tudo o que
constitui a sua vida e este mundo.
Não para dele fugir, eu insisto.
Mas, sim, para refutá-lo enquanto
suposição inválida (e invalidada) pela própria lógica, além de todo mental.
O sono, a investigação, a compreensão do
que representa a testemunha, o testemunho, o sujeito, o objeto, o
experimentador e o que é experimentado, inscrevem-se, no final, em uma
futilidade.
Aceitar esta futilidade é já um grande
passo.
Não de vocês, mas do Absoluto para vocês.
Bidi 09-04-2012
Tradução: Zulma Peixinho
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Como em:
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