terça-feira, 15 de agosto de 2017
...um encontro com a investigação da Realidade, que implica o fim da ilusão.
Sejam
bem-vindos a mais esse encontro aqui pelo Paltalk!
Este
encontro é A ilusão consiste no sentido de separação,
de separatividade, na ideia de um “eu” presente na experiência,
que é a experiência da própria Consciência. Toda experiência
presente não é uma experiência pessoal, mas sim uma experiência
na Consciência e da Consciência. Consciência, aqui, é Aquilo que
não pode ser descrito, que está além de toda conceituação, de
toda verbalização, de todas as palavras. Portanto, estamos falando
Daquilo que é a própria base, que sustenta toda a manifestação.
Por
exemplo, agora, você pode ouvir essa fala, podendo estar diante da
tela do computador ou de uma imagem visual, mas eu lhe garanto que
essa experiência não é uma experiência “pessoal”. A ilusão
consiste apenas em acreditar que essa seja uma experiência
“pessoal”, porém, não há nada disso. Neste exato momento, não
há nada “pessoal” acontecendo, pois tudo que está acontecendo é
essa Consciência acontecendo, é Ela presente. Assim, ouvir essa
voz, essa fala ou estar diante de uma imagem visual ou de qualquer
experiência sensorial é a experiência na Consciência. Não estou
dizendo que é uma experiência DA Consciência, mas que é uma
experiência NA Consciência, porque a Consciência não está
separada dessa experiência. A ilusão está exatamente nesse sentido
de separação, como se houvesse uma consciência da experiência,
com “alguém” ouvindo e “alguém” falando. Isso, na verdade,
é só um pensamento que, também, é só uma experiência nessa
Consciência.
Por
exemplo, você conhece a experiência dos pés, dos dedos ou a
experiência do braço esquerdo, do braço direito e você diz: “Isso
sempre está comigo... Esses pés andam comigo e eu ando sobre estes
pés... Eu me movimento e movimento essas mãos, esses braços. Isso
sempre está comigo!”. Quando você diz isso, a ideia é de que
existe o corpo presente e “alguém” presente dentro do corpo,
nessa experiência; na experiência dos pés, dos braços, das mãos.
É como se houvesse uma separação entre aquele que está dentro do
corpo e o próprio corpo, mas o que você precisa perceber é que
quem está dizendo isso é só o pensamento; é esse sentido que nós
chamamos de “mente”. Mas, na verdade, toda essa experiência é
um jogo na Consciência e não tem “alguém” nisso; não tem
“alguém” dentro do corpo, que tenha os pés, as mãos e os
braços. Só tem essa Consciência! Essa Consciência tem os pés, as
mãos, os braços, o piso, o assoalho onde este corpo está
assentado, e tudo é Ela. Não há separação!
Não
há nenhuma separação! Essa separação é criada pela imaginação,
pelo pensamento. Então, não existe ninguém experimentando isso...
Não existe! Vamos ver se a gente consegue compartilhar isso com
você, de uma forma bem direta – isso chama-se Satsang. Há muitas
falas por aí, mas essa aqui chama-se Satsang.
Participante:
Basta acreditar que é assim?
Mestre
Gualberto: Não! Não basta acreditar que é assim! É assumir que é
assim. Acreditar é só um ato, também, volitivo, de boa vontade.
Você tem a boa vontade e passa a acreditar; o outro tem má vontade
e não quer acreditar. Isso é só um ato volitivo, um ato de desejo
e de boa vontade. É necessário assumir Isso e você assume Isso
abandonando a ilusão de que “você está aí nesta experiência”.
Se você desaparece da experiência, ela continua e é uma
experiência de Totalidade, de pura Consciência, de pura Realidade.
Uma
coisa que deve ficar clara para você é que o experimentador é
sempre intermitente. Vou colocar isso melhor. Em alguns momentos,
você está ciente dos pés, das mãos e dos braços; em outros
momentos você não está. Neste momento em que você está ciente
das mãos, dos braços e dos pés, existe um experimentador, mas nem
sempre você está ciente deles e, no entanto, eles continuam ali.
Quando você está ciente deles, existe o sentido de separação, a
ilusão de um experimentador. Quando você não está ciente deles,
eles continuam ali e fica somente a experiência como Consciência;
não há alguém! Percebam como é lindo isso. Você é
completamente dispensável para a vida prosseguir. Quando você
entra, os problemas aparecem, porque existe a aparição de “alguém”
experimentando; “alguém” tentando resolver, solucionar,
descobrir como fazer as coisas.
Isso
está claro?
Qual
é o problema? O seu problema é você! Você não tem problema! Em
sua Natureza Essencial, Real, que é Consciência (que é a ausência
desse experimentador), não há problema! Não há problema na vida!
A vida não carrega problema, mas a "pessoa" não deixa de
carregar problema. Seu Estado Natural é um estado livre dessa
ilusão, a ilusão do "eu", do "mim", da
"pessoa", disso que é a ilusão do ego. Não há ego! Você
é Consciência, Você é Deus! Então, Consciência, Deus, Presença,
Ser, é a Natureza da Realidade.
Essas
falas pretendem lhe deixar uma advertência, dar uma advertência, um
alerta, uma dica. O propósito dessas falas é despertar você para
fora dessa ilusão do sentido de um "eu" presente querendo
resolver, acertar, controlar, ponderar, refletir, entender o que
acontece.
Vou
lhe perguntar uma coisa: Existe um momento do dia em que, mesmo
estando presentes as suas mãos, os seus pés, os seus braços, a sua
cabeça, de fato, você não tem qualquer consciência da presença
deles? Há momentos no dia assim? Você carrega, durante o dia
inteiro, a ideia dos dedos, das mãos, dos pés, ou dos olhos
piscando ou dos ouvidos ouvindo? Absolutamente não! Isto não
acontece! Então, você é completamente dispensável para essa
manifestação, essa expressão da Consciência, através desse
movimento natural, que é o movimento do corpo. Tudo acontece
automaticamente, naturalmente, "inconscientemente". A vida
prossegue! Essa "inconsciência" é a suprema Consciência.
Então, você é totalmente dispensável!
Quantas
vezes você piscou o olho esquerdo hoje? Quantos fios de cabelo você
perdeu hoje? Das sete horas da manhã até agora, quantas batidas do
coração você já teve? Quem sabe? Quem arrisca? Você tem algum
número?
O
que quer que esteja presente é esta Consciência... É uma única
realidade nesta Consciência, acontecendo nesta Consciência. Não
existe nada independente desta Consciência; ela é esta Consciência,
que é ilimitada, não está presa a uma formulação matemática,
não está analisando, estudando como fazer as coisas. Tudo está
acontecendo nessa Inteligência, que é esta Consciência. Enquanto
as coisas estão presentes, estão presentes nesta Consciência.
Quando elas desaparecem, essa Consciência se mantém inalterada –
essa é a beleza da Realidade. As aparições são intermitentes!
Aquilo onde elas aparecem não é intermitente. É o que permanece
imutável! Essa é a Natureza do Ser. Essa é a Natureza da
Consciência, que é não dual, é atemporal.
Se
você quiser continuar brincando de sonhar, continue afirmando, dia
após dia, momento a momento, a ilusão de um experimentador aí. Se
você estiver disposto a ir além desse nascer e morrer, desligue-se
desse teatrinho, dessa "alegria" teatral tão passageira,
tão inconstante, tão efêmera.
*Trecho
de uma fala transcrita de um encontro online na noite de 21 de
Novembro de 2016
Acesse
nossa agenda, em nosso site, e se programe para estar conosco:
www.mestregualberto.com
Encontros
online todas as segundas, quartas e sextas as 22h - baixe o App
Paltalk e participe.
http://marcosgualberto.blogspot.pt/2017/04/tudo-que-esta-acontecendo-e-essa.html
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário