terça-feira, 17 de abril de 2018
SHAUMBRA HEARTBEAT Por Jean Tinder, Gerente de Conteúdo
SHAUMBRA
HEARTBEAT Por
Jean Tinder, Gerente de Conteúdo
Escavando
Alegria
Criação
de verdade. É ilusório, difícil de definir e todo o ponto da
existência. Como seres humanos, tendemos a ver a criação como algo
a ser "feito", mas neste momento eu acho que "fazer"
é uma grande distração. Deixe-me explicar. (Por favor, notem, no
entanto, que as tentativas recentes de montar pequenas realizações
em algum tipo de coerência linear renderam resultados inferiores aos
ideais...)
O
outro dia eu me senti inquieta, procurando, como se eu tivesse
esquecido algo não bem definível. Eu estava me preparando para o
próximo grande projeto, o próximo intenso prazo final, a próxima
crise que exige a minha atenção? Era o fim de semana, então nada
de urgente para fazer. A minha nova cozinha estava completa o
suficiente para desfrutar com entusiasmo, os detalhes restantes
seriam feitos eventualmente. Com nada urgente para fazer, por que me
senti tão perturbada? Acontece que eu estava procurando a próxima
coisa a realizar, resolver ou superar antes que eu pudesse me
permitir que fosse feito, como nada deixado de fazer antes de relaxar
em minha iluminação.
"Sério,
ser humano?" Eu tive que rir. Isso me lembrou a constante
admoestação da infância, para me preparar para que Jesus viesse,
porque poderia acontecer a qualquer momento e precisávamos estar
preparados! Aqui estava, ainda com isso, uma parte inconsciente, mas
muito ocupada, de mim, ainda incapaz de desligar a constante correria
da preparação. Bem, chega disso! Eu vivi o tempo suficiente para
perceber que "isso" - todas as tarefas inerentes ao ser
humano - nunca será feito! Sempre haverá outro projeto, outra cesta
de roupas para lavar, outro prato sujo, outra pessoa que precisa de
ajuda, outro desafio para resolver. Sempre há mais e nunca vou
conseguir fazê-lo! Mas com parte de mim acreditando que tudo tinha
que ser feito antes que eu pudesse relaxar e permitir o meu Eu, eu
estava pronta para me manter ocupada por muito tempo. (Não é a toa
que a exaustão tem sido uma amiga bem familiar). Definitivamente, é
hora de fazer uma nova escolha.
Com
as novas palavras favoritas de Adamus em mente, eu gritei: "Chega!
É isso! Não há nada mais a esperar, É. ISTO". A explosão da
paixão passou, continuei com o meu dia, rindo de minha propensão a
sempre tentar tão duramente e maravilhando-me com a tendência
humana de adiar indefinidamente o que mais queremos, porque, bem...,
quem eu seria sem a constante luta para "chegar lá"? O que
eu teria para falar se não sobre superar o último desafio? O que
significa ser humano se não houver nada a fazer, lugar algum para
ir, nada a se esforçar? Seria uma mudança fundamental da existência
humana, com certeza.
"Bem",
pensei. "Chega de procrastinação. É assim, que Eu Sou, NESTE
momento. E é o suficiente".
Ah,
tenha cuidado com o que você escolher, pois os resultados raramente
são o que você espera. Depois de ter certeza sobre essa escolha, eu
realmente relaxei, me sentindo mais interessada em estar presente
aqui e agora do que descobrir a próxima questão urgente (só para
ser diferente). Não era que eu não tivesse nada para fazer. E sim,
as tarefas perderam parte de sua importância. Mas eu também não
estava perdida em algum sentimento de nirvana feliz. Na verdade, ao
longo dos próximos dias, coisas aleatórias pareciam perder a
coerência e minhas faculdades humanas deram uma queda. Comecei a
cometer erros muito idiotas no trabalho, estragando todo o tipo de
coisas em que eu costumo fazer muito bem. Eu me senti estranhamente
desconectada do meu corpo (um pouco preocupante ao dirigir), como se
eu estivesse perdendo a pista do paradeiro dos meus detalhes físicos.
Por isso, comecei a me machucar. Muito. Esmaguei meu polegar com um
martelo, cortei quase todos os dedos, tropecei em coisas que sempre
estiveram lá, bati minha cabeça no que estivesse por perto,
esmaguei o mesmo polegar com o mesmo martelo no dia seguinte - a
lista continua. Parecia que as conexões e sinapses no meu cérebro
estavam se dissolvendo, deixando meu corpo (dolorosamente) não
cooperativo, desligando e falhando por conta própria.
Depois
de alguns dias disso, eu estava pronta para colocar em quarentena meu
humano indisciplinado em um canto, por um tempo. Pelo menos, ela
ficaria mais segura! Mas a vida - MINHA vida - continuou acontecendo
e minha participação foi solicitada. Então, ao invés de me
esconder, coloquei alguns desses projetos sem fim, de volta no funil
para manter minha mente e meu ser um pouco engajados ou distraídos.
Não é que eu queira adiar o corpo de luz que está chegando ou
atrasar o que for que esteja acontecendo, mas talvez eu queira
abrandar um pouco e viver para contar o conto! Sim, quero muito
conscientemente viver e criar dentro da minha criação, como o
Adamus fala, mas isso significa sobreviver ao processo!
Ah,
criação. Agora, há algo em que todos nós nos interessamos. Não
apenas movendo as peças do jogo como fizemos, mas trazendo algo
completamente novo. Adamus diz que a verdadeira criação brota da
pura alegria da existência. Mas e se não sentimos essa alegria?
Isso não significa que não a temos, só que foi encoberta por muita
sujeira, aspectos, padrões, limitações, crenças e tudo o mais com
o que brincamos. A alegria não é algo que devemos conjurar ou
aprender. É o nosso estado natural.
Imagine-se
como um planeta. Em seu núcleo mais profundo tem uma caverna de
cristal da criação, cheia com um reservatório infinito de alegria
fundida. É a sua essência, viva e pronta para explodir em qualquer
oportunidade. Mas essa alegria do criador foi enterrada por camadas
sedimentares de experiências - feridas, amores, aspectos, memórias
- granito endurecido e argila saudável. Este planeta da sua
existência está cheio de escombros de inúmeras civilizações e
seu "trabalho" agora, ao permitir sua realização, é
descobrir esse núcleo precioso da existência, sua alegria.
Toda
vez que você cavar um pouco mais fundo e encontrar outro tesouro
enterrado, você está se lembrando, sentindo, se integrando - e
ficando cada vez mais perto do seu núcleo. O desafio vem quando você
encontra um artefato que faz você se encolher, pois traz alguma
emoção ou padrão esquecido há muito tempo. É tão doloroso que
você o joga de volta no poço, cobre-o com boas intenções e
platitudes e vai cavar em outro lugar? A ocupação constante pode
ajudar com isso, mantendo-o sempre à procura do próximo lugar para
xeretar, seguindo em frente quando fica muito bagunçado. Mas a magia
acontece se você pode ficar com isso, aqui e agora, neste momento.
Algumas
dessas coisas foram enterradas por uma boa razão - lembranças
feias, lembretes dolorosos, feridas que ainda doem - e não é muito
divertido escavar. E, no entanto, por baixo disso está a alegria,
então continuamos cavando. "Processar" é como reorganizar
as coisas no buraco, tentando torná-lo um pouco mais limpo e melhor.
Mas, por mais fascinante que seja, não é por isso que você está
cavando. Em vez disso, sinta bem profundamente no que você acabou de
expor, permita que ele realmente exista em sua consciência,
respire... e, de repente, a próxima pá cheia da sabedoria chegou em
casa e você está uma respiração mais próxima da alegria.
Engraçado,
quanto mais profundo eu cavo, mais fácil fica, como se as próprias
pás não esperassem para me trazer o próximo tesouro. Mas sempre
ter "uma coisa mais a fazer" é como ser um arqueólogo que
continua ficando distraído e se mudando para outro local. Isso me
manterá ocupada por um longo tempo, mas com certeza não vai me
aprofundar no que eu realmente desejo. Em vez de sempre procurar a
próxima coisa para fazer, agora estou me lembrando de parar,
respirar e apenas ser por um momento (mesmo que pareça um clichê),
neste momento, como está. Porque cada vez que eu dou consciência
para o meu Eu, isto permite que o Mestre entre um pouco mais. É
viver no E - ocupado sendo humano e em um espaço sem espaço
atemporal com o Mestre. O que me faz lembrar-me de algo.
Adamus
disse recentemente: "Pare de temer o ser humano". Minha
primeira reação foi: "Ó grandioso, algo mais que eu tenha
entendido errado." (Droga, eu ainda tenho alguns aspectos
tensos!) Mas, depois de me deixar ruminando sobre isso por um tempo,
meu Ser Mestre suavemente me cutucou: "E se você se divertir no
ser humano? E se você a libertar? E se você me deixar sentir esse
corpo que você continua ignorando, como posso manifestar em algo que
você / eu não posso sentir? "Como, de fato...
Então,
sim, aqui está outra estória de superação de distrações e
desafios, mas estou vivendo um pouco mais livre, relaxando um pouco
mais e não tão preocupada com o próximo prazo ou responsabilidade.
Eles ainda estarão lá, mas estou melhorando em ficar ocupada E me
dando momentos de nada. Estou mais ou menos prestando atenção no
meu corpo e também liberando em momentos de puro ser (em uma sala
acolchoada com capacete, protetores de joelhos e luvas). Com cada
respiração consciente, cavo um pouco mais fundo, permitindo um
pouco mais de sabedoria e sentindo outra gota de alegria de criador
puro e absoluto.
O
que eu estou fazendo com essa alegria? Ah, talvez uma estória para
outro dia...
Tradução:
Léa Amaral – email: lea_mga2007@yahoo.com.br
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/news/sn0418II.html
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