O dióspiro, fruto das árvores do género Diospyros, é originário da China e o seu cultivo é mais propício em clima temperado. Atualmente, os principais países produtores são a China, o Japão, a Coreia, o Brasil, a Índia e, na Europa, Itália e Espanha. Em Portugal existem alguns pomares com boa produtividade localizados sobretudo na região do Algarve, mas a maioria dos dióspiros é proveniente de árvores espalhadas por todo o país, tendo um reduzido interesse económico.
É um fruto com forma esférica, levemente achatada e coloração vermelho-alaranjada, dependendo do seu conteúdo em carotenos (pigmento com capacidade antioxidante que protege as nossas células dos danos provocados pelos radicais livres). Sendo um fruto fresco, é constituído principalmente por água e o seu acentuado sabor doce provém do seu teor em açúcar que varia entre 14 e 18 por cento. O dióspiro é rico em antioxidantes, sendo um dos frutos com maior teor de carotenos e com elevado teor de taninos (fitoquímicos idênticos aos encontrados no vinho e no chá que têm capacidade antioxidante que se traduz na proteção de doenças, como por exemplo, o cancro e doenças cardiovasculares). O maior teor de taninos presente nos dióspiros adstringentes (variedade mais comum) faz com que estes tenham que ser consumidos maduros. A variedade com menor teor de taninos - os dióspiros não adstringentes - pode ser consumida de imediato, após a colheita.
Embora tenha um pouco mais de açúcar que a maioria dos frutos frescos, o dióspiro tem muitas vantagens nutricionais e menos açúcar do que alguns produtos alimentares por vezes consumidos em vez da fruta, como, por exemplo, as bolachas. Existem alguns estudos que mostram que o dióspiro pode melhorar o controlo glicémico de pessoas com diabetes e diminuir os níveis de triglicerídeos e colesterol do sangue.
Este fruto delicado é geralmente degustado ao natural, embora existam receitas de sobremesas preparadas com dióspiro, tais como bolos, biscoitos, mousses e compotas. Quando for adquirir dióspiros, escolha aqueles que ainda conservem o pedúnculo e o cálice. Manipule com cuidado porque têm uma pele muito sensível e danos na pele podem levar ao desenvolvimento de bolores.
Para concluir, o dióspiro é um alimento com muito boas razões para o aproveitar e saborear na sua época!
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