sábado, 1 de abril de 2017
O místico é uma revolução, ele não é um entretenimento.
Osho
fala sobre a morte de Krishnamurti em 17 de
fevereiro de 1986, Ojai,
Califórnia, EUA
"Jiddu
Krishnamurti morreu segunda-feira passada, em Ojai, na Califórnia.
No passado você falou dele como um ser iluminado. Você poderia, por
favor, comentar sobre a sua morte?"
Resposta:
“A
morte de um ser iluminado como J. Krishnamurti não é algo para se
estar triste é algo a ser comemorado com músicas e danças. É um
momento de regozijo.
Sua
morte não é uma morte. Ele conhece a sua imortalidade. A sua morte
é apenas a morte do corpo como organismo. Mas Jiddu Krishnamurti vai
continuar a viver na consciência universal, para sempre e sempre.
Apenas
três dias antes de Jiddu Krishnamurti ter morrido, um dos meus
amigos estava com ele e me informou que as suas palavras para ele
foram muito estranhas. Jiddu Krishnamurti estava muito triste e ele
simplesmente disse uma coisa: "eu perdi a minha vida. As pessoas
estavam me ouvindo como se eu fosse um entretenimento".
O
místico é uma revolução, ele não é um entretenimento.
Se
você o ouvir, se você o deixar, se você abrir as portas para ele,
ele é puro fogo. Ele vai queimar tudo que é lixo em você, tudo que
é velho em você, ele vai transformá-lo, purificá-lo em um novo
ser humano. É arriscado permitir o fogo queimar seu ser, ao invés
de abrir as portas, você imediatamente fecha todas as portas.
Mas
entretenimento é outra coisa. Ele não transforma você. Ele não o
torna mais consciente, ao contrário, ele ajuda você a ficar mais
inconsciente por duas, três horas, para que você possa esquecer
todos os seus medos, preocupações, ansiedades, de modo que você
pode se perder no entretenimento. Você pode notar isso: como o ser
humano vem passando através dos séculos, ele conseguiu criar mais e
mais entretenimento, porque ele precisa cada vez mais estar
inconsciente.
Ele
tem medo de ser consciente, porque estar consciente significa passar
por uma metamorfose, uma transmutação, uma transformação.
Eu
fiquei mais chocado com a notícia do que com a morte. Um homem como
Jiddu Krishnamurti morre e os jornais não têm espaço para se
dedicar a esse homem que durante 90 anos continuamente veio ajudar a
humanidade a ser mais inteligente, a ser mais madura. Ninguém
trabalhou tão duro e por tanto tempo. Foi publicada apenas uma
notícia pequena, imperceptível e se um político espirra ele faz
manchetes."
Osho
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