O Periespírito
Definição, origem e natureza
O perispírito é uma condensação do fluido cósmico universal em torno de um
foco de inteligência, ou Alma.
É o envoltório semimaterial do Espírito e o laço que une o Espírito à matéria
do corpo.
Se diz que o perispírito é semi-material porque pertence à matéria
pela sua origem (Fluido Universal) e à espiritualidade pela sua natureza
etérea.
Por sua natureza e em seu estado normal o perispírito é invisível,
porém, ele pode sofrer modificações que o tornem perceptível e até tangível, ou
seja, possível de ser visto e tocado.
O Espírito extrai seu perispírito dos elementos contidos nos fluidos
ambientais de cada mundo, de onde se deduz que os elementos constitutivos
do perispírito variam conforme os mundos.
A natureza do perispírito está sempre em relação ao
grau de adiantamento moral do Espírito, portanto, conforme seja mais ou menos
depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou mais
grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele venha encarnar.
Propriedades do Periespírito
O perispírito não se acha encerrado
nos limites do corpo, como numa caixa.
Pela sua natureza fluídica,
ele é expansível, irradia para o exterior e forma em torno do corpo uma
atmosfera que o pensamento e a força de vontade podem dilatar com maior ou
menor intensidade.
Sendo o perispírito dos
encarnados de natureza idêntica a dos fluidos do mundo espiritual, ele os
assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido.
Atuando esses fluidos sobre o
perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com o qual se
acha em contacto molecular.
Se os eflúvios são de boa natureza
o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa.
Se são permanentes e enérgicos, os
eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas
enfermidades.
Em virtude
de sua natureza etérea, o Espírito propriamente dito não pode atuar sobre
a matéria grosseira, sem intermediário, isto é, sem o elemento que o ligue à
matéria.
Principais propriedades do Perispírito
Visibilidade: Por meio de
uma espécie de condensação o perispírito, que normalmente é invisível, pode
tornar-se perceptível à vista.
Tangibilidade:
Pode, o perispírito chegar a adquirir as propriedades de um corpo sólido e
tangível, conservando, porém, a possibilidade de retomar instantaneamente
seu estado etéreo e invisível.
Transfiguração:
Admite-se que o Espírito pode dar ao seu perispírito toda a aparência que
desejar, isto opera-se por uma mudança no aspecto geral da fisionomia ou
por uma aparência luminosa.
Isto pode ocorrer com o perispírito de uma pessoa desencarnada, como no de
uma pessoa encarnada, não isolada do corpo, mas irradiando-se ao redor do
corpo de maneira a envolvê-lo, como um vapor, poderá mudar de aspecto, se tal é
a vontade do seu espírito.
Um outro espírito que esteja desencarnado, combinando seu fluido com o de um
outro que esteja já encarnado pode-lhe substituir a aparência.
Bi-corporeidade: O Espírito
de uma pessoa encarnada recobra parte se sua liberdade, isolando parcialmente
do corpo, seu perispírito adquirindo momentaneamente a tangibilidade, aparece
em outro local, tornando-se presente fisicamente em dois lugares ao mesmo
tempo e mostrando-se com todas as aparências da realidade.
Neste estado, o corpo físico não estará jamais num estado normal, estará
mais ou menos extático.
EXTÁTICO = “aquele que está em
êxtase"
Penetrabilidade: Matéria
nenhuma lhe opõe obstáculo, ele atravessa todas, como a luz
atravessa corpos transparentes.
Emancipação: Durante o sono ou
desdobramento mediúnico ele se liberta do corpo físico, ficando assim unido a
esse pelo conhecido cordão de prata
Funções do Periespírito
O perispírito é o organismo que personaliza e individualiza o Espírito e o
identifica quanto à aparência.
A alma após a morte jamais perde sua individualidade.
Ela comprova essa individualidade, apesar de não
mais possuir o corpo material, e o perispírito guarda a aparência de sua
última encarnação.
É através dele que um ser abstrato como é o Espírito
se torna um ser concreto, definido e apreensível pelo pensamento.
Pode-se dizer, que ele é o esboço, o modelo, a forma em que se desenvolve o
corpo físico.
Ele é também o MOB (Modelo Organizador Biológico).
É na sua intimidade energética que se agregam as células, que se modelam os
órgãos, proporcionando-lhes o funcionamento.
- Princípio
das Comunicações
Para atuar na matéria, o Espírito precisa de matéria.
Como já foi dito, em virtude de sua natureza etérea, o Espírito,
propriamente dito, não pode atuar sobre a matéria grosseira sem um intermediário
que o ligue a essa matéria.
Esse intermediário, que nós chamamos de
perispírito, nos faculta a chave de todos os fenômenos espíritas de ordem
material.
Portanto, o perispírito é o órgão de manifestação
utilizado pelo Espírito nas comunicações com o plano dos espíritos encarnados.
- Sede da
memória e sensibilidade
É comum encontrarmos alguns autores espíritas que confundem alguns
atributos do Espírito como sendo do perispírito.
A sede da memória é um deles.
Segundo Kardec, o Espírito é quem possui a sede da memória,
pois ele é o ser inteligente, pensante e eterno.
Sem o Espírito, o perispírito é uma matéria inerte privada de vida e
sensações.
A mesma coisa se dá quando nos referimos à sede da sensibilidade.
É o Espírito quem ama, sofre, pensa, é feliz, triste, ou seja, é nele que
residem todas essas sensações ou faculdades.
O perispírito é apenas o órgão que transmite todas essas sensações e
acumula as energias oriundas dos pensamentos, sentimentos, emoções, etc.
Portanto o perispírito, é um instrumento a serviço do Espírito.
Como sabemos, ao pensar criamos a
energia mental.
Os sentimentos e as emoções também criam energias
específicas, toda energia é matéria e por serem matéria ficam retidas no
perispírito.
Em resumo, o perispírito é matéria, não
pensa nem tem memória.
Pensar e ter memória, são
atributos do Espírito.
- Órgão
sensitivo do Espírito
O Perispírito é o órgão de transmissão de todas as sensações do Espírito.
O Corpo recebe uma sensação que vem do exterior, o Perispírito que está
ligado a esse corpo transmite essa sensação e o Espírito, que é o ser sensível
e inteligente a recebe.
E vice-versa: quando o ato é de iniciativa do
Espírito, o Perispírito transmite e o Corpo executa.
Abaixo,
figura que explica como se dão as comunicações entre os seres.
COMUNICAÇÃO
DE DESENCARNADO PARA ENCARNADO
O INVERSO PODE OU NÃO OCORRER
COMUNICAÇÃO DE ENCARNADO PARA ENCARNADO
O INVERSO
PODE OU NÃO OCORRER
COMUNICAÇÃO DE DESENCARNADO PARA DESENCARNADO
O INVERSO PODE
OU NÃO OCORRER
Os órgãos do perispírito
Pela simples observação do corpo
físico, pode-se deduzir que o Perispírito possui, também, algo semelhante
a órgãos, isto é, aglomerados de moléculas, cuja configuração especial é
destinada à execução de funções determinadas.
Tais aglomerados moleculares,
evidentemente, são apropriados ao funcionamento na vida extra física,
promovendo a captação e assimilação de energias e fluídos necessários à sua
manutenção, captação e assimilação, que se processam de modo, essencialmente,
diverso da vida física
Não podem, por isso mesmo, ser
iguais aos órgãos do corpo denso, mas determinam, pelas linhas de força que os
caracterizam, a conformação e distribuição funcional destes últimos, os quais,
naturalmente estão adaptados, pela evolução biológica, à execução e às suas
funções específicas.
Os órgãos do
perispírito podem ser lesados pela ação desordenada ou maléfica da mente do
indivíduo e pelos seus atos.
Lembremos o
que o autor espiritual André Luiz relata no livro Nosso Lar, quando é
acusado de ter sido suicida por ter provocado em seu organismo
desequilíbrios que culminaram com seu desencarne.
Sabemos que
todo desequilíbrio provocado em nosso corpo devido a nossa conduta inadequada, seja
ela mental( irritabilidade, cólera, tristeza) seja os maus hábitos( gula,
drogas, cigarro , alcoolismo, consumo de carnes, produtos industrializados
quimicamente alterados), provocará desarmonia em nosso perispírito pois
este funciona como uma espécie de esponja, absorvendo a lesão orgânica.
Portanto as
enfermidades provocadas ou agravadas pelo vício, permanecerão em nosso corpo
espiritual, por longos períodos após a morte , requerendo tratamento no plano
espiritual e muitas vezes só serão sanadas em outra encarnação, por um processo
inverso, onde o perispírito lesado plasmará no novo corpo uma falha, uma
fragilidade, vez que o perispírito é o molde do corpo físico.
A pessoa
poderá apresentar no órgão correspondente uma enfermidade ou uma pré-disposição
mórbida resultado de sua própria conduta passada ( Lei de ação e Reação
).
Vejamos o
que ocorre connosco quando acendemos um cigarrinho despretensiosamente para dar
aquela “relaxadinha”.
Pela Lei da
afinidade atraímos os semelhantes.
Sabemos que
os espíritos ao desencarnarem conservam os mesmos hábitos e necessidades
dependendo de sua condição evolutiva (Livro dos Espíritos), até que pelo
próprio esforço, consigam vencê-los.
Sabemos que
o espírito não pode atuar na matéria sem um intermediário. ( Livro dos
Espíritos e Livro dos Médiuns.)
Assim,
atraímos para nós estes irmãozinhos que como nós possuem as mesmas necessidades
e todas as vezes que sentirem vontade de fumar, se encostarão em nós e nos
induzirão ao fumo, daí passamos a manter não só o nosso vício mas a sustentar o
vício dos desencarnados.
Passamos a
sentir as suas sensações com tanta mais intensidade quanto mais sensível
mediunicamente formos. Podendo até e é bastante comum absorver os fluidos do
seu pesrispírito desarmonizando o nosso.
O autor
espiritual Joseph Gleber no livro Medicina da Alma nos traz
informações valiosa em relação ao uso do tabaco.
O tabaco, o
álcool e as drogas envenenam as reservas vitais obstruindo os centros de forca
que as distribui.
A nicotina e
o alcatrão, de forma mais atuante, corroem a própria matéria etérica (energia
vital) formando buracos semelhantes as bordas queimadas de um papel,
facilitando assim os distúrbios que comprometem o equilíbrio psicofísico do ser
humano.
E
continua... O duplo etéreo (formado pela plexos energéticos onde circula a
energia vital) funciona como um manto protetor ou uma tela eterizada que impede
o contato com entidades maléficas do mundo espiritual, atuando como defesa
contra investidas mais intensas destes espíritos.
O fumo, o
álcool, a maconha e outras drogas bombardeiam a constituição etérica, criando
verdadeiras brechas por onde penetram estes invasores, facilitando os processos
obsessivos.
Ainda no
mesmo capitulo o autor explica a ação do fumo obstruindo os canais energéticos
com repercussão no sistema circulatório e nervoso por disfunção dos chacras.
Apesar do
cigarro, do álcool, do consumo de carnes serem socialmente aceitos e até
incentivados pela mídia é importante saber seus malefícios tanto para a saúde
física como espiritual.
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