Quinta-feira, 8 de Novembro de 2012
Uma árvore com raízes
no céu
O texto a seguir foi publicado inicialmente sem indicação de autor na edição de Setembro de 2008 do boletim electrónico “O Teosofista”.
A mitologia hindu e a mitologia nórdica falam de uma árvore cujas raízes
estão no céu, e cujos galhos e folhas estão na terra. Segundo os hindus,
as folhas desta árvore são as escrituras sagradas - isto é, a sabedoria
universal registrada em livros.
Do mesmo modo, a raiz última do nosso ser e da nossa vida é a nossa alma
imortal, que, simbolicamente, está no céu. Os galhos e folhas da nossa
existência - cortados de quando em quando para renascerem mais tarde em
uma nova encarnação - constituem os vários aspectos da nossa alma mortal
e do nosso organismo físico.
O filósofo grego Anaxágoras, que viveu de 500 a. C. a 428 a. C., pareceu estar
plenamente consciente do fato de que o ser humano, em última instância, é como
a árvore nórdica Yggdrasil, e como a árvore hindu Ashwattha. Anaxágoras levava
uma vida solitária e contemplativa. Morava junto à natureza, dedicado aos
temas celestiais. Para dedicar seu tempo a temas eternos, havia entregue
seu patrimônio material a membros da sua família. Um dia perguntaram a
Anaxágoras: “Não te preocupas nem sequer com o bem-estar da tua pátria?” Ele respondeu,
enquanto apontava para o céu: “Cala a boca! Eu me preocupo muito
com a minha pátria!” (1)
A pátria de Anaxágoras era o Universo: e ele sabia que estava de passagem
no plano físico.
NOTA:
(1) “Vidas e Doutrinas dos
Filósofos Ilustres”. Diógenes Laertios, Editora da UnB, 1987, 358 pp., ver p.
49.
Por: Carlos
Cardoso Aveline
Postado por Um Caminho de Luz às 08:00
Marcadores: Ashwattha
GRATIDÃO
Áurea
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