"Curar A Partir De Um Ponto De Vista Correto"
Hoje
em dia há uma enorme necessidade de cura! A pergunta que se impõe
é: como melhorar a saúde das pessoas? Como estancar a proliferação
de doenças? A Ciência Cristã aborda esses problemas de maneira
espiritualmente científica, a partir de uma base sólida., que
alcança resultados práticos. Sendo a Ciência que Cristo Jesus
demonstrou, em suas curas extraordinárias, ela nos capacita a seguir
o exemplo do Mestre, vencendo , por meios espirituais, a doença e o
pecado.
Que
maravilha é compreender que aquilo que o mundo procura está aqui, à
nossa disposição, agora mesmo! Portanto, a cura espiritual pode ser
pesquisada por qualquer um de nós. A Sra. Eddy diz: “A
cura metafísica, ou a Ciência Cristã, é uma exigência desta
época. Todo o homem e toda a mulher passariam a desejá-la e
exigi-la, se conhecessem seu valor infinito e sua base segura”.
Chegamos
ao âmago desse grandioso assunto, a cura espiritual, quando partimos
do ponto de vista correto. Isso significa que começamos com Deus, em
vez de começarmos com a doença ou com qualquer outro problema.
Portanto, o ponto de vista correto é espiritual, não material.
O
pensamento materialista, por sua própria natureza, aceita a matéria
como real e substancial. Por isso, ele parte da premissa de que as
condições físicas, inclusive o pecado e a doença, sejam
realidades concretas. No entanto, por mais que essa opinião
prevaleça entre o gênero humano, tal raciocínio não oferece uma
base segura para a cura. Por quê? Pergunte-se: “Pode
algo real tornar-se irreal? Podemos nos desfazer de algo que seja
real? Podemos curar a realidade?”
Consideremos,
porém, uma abordagem espiritual para a discórdia. Podemos encarar a
cura a partir do ponto de vista daquilo que Deus, o Espírito, vê e
sabe. A Mente onisciente, que é Deus, está cônscia somente de sua
própria totalidade, de sua própria perfeição e glória. Dessa
forma percebemos que a cura espiritual pela Ciência Cristã começa
com o reconhecimento da totalidade e da supremacia do Espírito. Em
Ciência e Saúde, a Sra. Eddy explica: “O ponto de partida da
Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em tudo”, e que
não há outro poder ou outra Mente – que Deus é Amor, e por isso,
Ele é Princípio divino”.
Segue-se
que a totalidade de Deus é o ponto de partida correto para tudo o
que pensamos ou fazemos. Assumir essa posição nem sempre é fácil,
mas é de suma importância. À medida que cultivamos a
espiritualidade, passamos a perceber, cada vez mais, através das
lentes do Espírito, a onipotência e onipresença de Deus. A
compreensão da supremacia do Espírito atua como uma lei
de cura imediata.
A
oração científica – baseada na totalidade de Deus – ajuda-nos
a ver a falácia de se aceitar a discórdia como um fato, para depois
tentar nos livrar dela. Constatamos que não é preciso aceitar a
doença, ou o sofrimento, como reais. Devemos vê-los como de fato
são: uma “sugestão mental agressiva”, que diz haver algo mais,
além da totalidade de Deus. Toda discórdia é um conceito falso de
que Deus não seja Tudo-em-tudo.
Sem
dúvida, o sofrimento parece muito real. A Ciência Cristã, porém,
ajuda-nos a encontrar o caminho da libertação. Quando percebemos
claramente que a dor é, de fato, uma manifestação da mente carnal
ou mortal, e não a realidade do ser, ela não consegue nos
amedrontar. A dor é uma espécie de sonho do qual podemos despertar
pelo reconhecimento da totalidade do Espírito e da nulidade da
matéria.
Se
não estivermos alerta, porém, a dor tentará hipnotizar-nos. Ela
procura privar-nos de nossa capacidade de pensar claramente,
tentando-nos a procurar alívio do sofrimento a qualquer custo.
Cristo Jesus disse: “Ninguém
pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo, e só então lhe saqueará a casa”. A
dor não tem o poder de mesmerizar-nos, quando compreendemos que ela
é uma ilusão da mente mortal e não a realidade do ser. Devemos
procurar manter controle sobre o pensamento, rejeitando todos os
argumentos da assim chamada mente mortal. Eliminamos a dor, apoiados
numa base científica, quando reconhecemos sua natureza mental
fraudulenta e aceitamos a totalidade da Mente divina única.
A
evidência dos sentidos dá crédito à crença de que a vida esteja
na matéria. No entanto, nossas orações pouco a pouco nos revelam
que o homem vive no Espírito, Deus. Portanto, reconheçamos a dor
pelo que ela é: uma falsa crença, uma sugestão mental agressiva de
que exista algo separado de Deus.
Em
vez de sucumbir a todas as queixas de um corpo doente, devemos
apegar-nos ao que é divinamente verdadeiro. Queremos ver o que Deus
está vendo. Então seremos capazes de substituir o irreal pelo que é
real. Conseguiremos ver a doença e o pecado serem substituídos pela
saúde e pela santidade.
A
alegria de curar emana do raciocínio correto e da profunda
compreensão espiritual. Na Ciência divina trabalhamos com o
Espírito, não com a matéria ou com as condições materiais. Em
vez de diagnosticar, modificar ou remendar matéria, compreendemos
que o Espírito é a única substância genuína, e que o homem
reflete a perfeita substância do Espírito. O ponto de vista correto
para nossas orações é sempre começar com Deus, não com o
problema ou com o sentido físico.
Será
que o leitor já notou com que frequência somos tentados a encarar
todas as coisas do ponto de vista de nosso próprio sentido pessoal,
ou seja, a partir do que nós pensamos sobre Deus, ou de como nós
nos sentimos? Muitos já devem ter se apercebido de quão desastroso
é o pensamento que gira em volta do “eu”. Começa com “meus
problemas”, “minha dor”, “meu corpo”, “minha família”,
e nos faz cair inadvertidamente numa armadilha sutil, qual seja, a de
aceitar os problemas como pessoais e, portanto, como reais e
plausíveis. Em vez de nos curar, essa forma de pensar tende a
sustentar a ilusão de que somos seres materiais, vítimas das
circunstâncias.
Cada
um de nós, no entanto, pode provar que a cura se segue à
compreensão de que Deus é a única causa, e que o homem é Seu
resultado perfeito. A Sra. Eddy escreve: “A
Ciência Cristã é absoluta; não está aquém do ponto de
perfeição, nem está avançando para ele; ela já está nesse ponto
de perfeição e precisa ser praticada a partir daí. A menos que
compreendas plenamente que és filho de Deus e, portanto, perfeito,
não tens Princípio para demonstrar nem regra para demonstrá-lo.
Com isso não quero dizer que os mortais sejam filhos de Deus –
longe disso. Ao colocar a Ciência Cristã em prática, precisas
enunciar seu Princípio corretamente, caso contrário, perdes a
capacidade de demonstrá-lo”.
Todos
nós podemos aprender a mentalmente mudar de marcha. Em vez de lutar
pela perfeição como um objeto distante, podemos aprender a começar
com a criação espiritual de Deus e reconhecer que já somos ideias
perfeitas dEle. Esse modo revolucionário de pensar pode fazer
maravilhas em nossa vida.
Poe
exemplo, vi claramente a praticidade da oração que começa com
Deus, quando morava num bairro residencial onde havia outras famílias
como a minha.
Uma
vizinha, que sabia ser eu Cientista Cristã, telefonou-me certo dia e
pediu-me para ir à sua casa. Logo percebi que ela estava com muito
medo. Poucos dias antes, seu filhinho, ainda bebê, fora
repentinamente acometido de meningite, e morrera. Agora a filha
apresentava os mesmos sintomas e, como os esforços médicos não
haviam curado o bebê, a mãe estava, naturalmente, muito assustada.
Enquanto
caminhava até a casa dela, eu orei. Não apenas para superar meu
próprio medo, mas com o desejo de realmente ajudar. Senti, no
íntimo, a necessidade de expressar a coragem e a convicção
sanadora de Deus – de reconhecer a presença sanadora do Cristo
naquele lar.
Ao
chegar, encontrei a menina prostrada, encolhidinha no colo da mãe.
Em silêncio, conseguimos sentir o terno amor de Deus. Logo depois
começamos a ler a Bíblia. Alguns trechos de Salmos deram-nos a
certeza da presença sanadora de Deus, envolvendo-nos num sentido
sagrado de consolo e segurança. Oramos juntas. Repetimos a Oração
do Senhor várias vezes, imbuindo-nos de seu espírito, sentindo seu
poder.
Depois,
repeti a “exposição científica do ser”, de Ciência e Saúde,
o livro texto da Ciência Cristã. Dessa forma estabelecemos no
pensamento consciente a totalidade da Mente e sua manifestação, e a
consequente espiritualidade e perfeição do homem.
Enquanto
continuamos a orar e nos aferrar a esses fatos científicos,
perguntei-me: “E agora?” A resposta logo veio: “O que é que
Deus está vendo? A perfeição, sem dúvida nenhuma! Causa perfeita,
efeito perfeito”. Convicta disso, perguntei à menina: “Meu
benzinho, você gostaria de vir comigo até minha casa?” Ela
pulou do colo da mãe para trocar de roupa e veio comigo. Esse foi o
fim do problema. Houve profunda gratidão e alegria de todos os
lados.
Essa
experiência inspiradora nos mostra que recuperar a harmonia pode ser
algo simples e natural, quando aceitamos plenamente a presença e o
poder de Deus. O Cristo vivo havia penetrado naquele lar com domínio
e autoridade divina, desalojando o medo de uma nova tragédia.
Quanta
coragem você e eu podemos auferir, ao constatar que o pensamento do
Cristo substitui a discórdia com a harmonia ininterrupta do ser! A
cura não necessita de tempo para ocorrer. Ela acontece quando
aceitamos e compreendemos a totalidade de Deus. A luz do Cristo, a
Verdade, é imediata, e revela a perfeição de Deus e do homem como
Seu filho amado.
Podemos,
portanto, afirmar que a cura na Ciência Cristã decorre de
reconhecermos e admitirmos a perfeição da criação espiritual de
Deus, presente agora mesmo. Essa maneira de pensar, que está de
acordo com o Cristo, suplanta o mero pensamento positivo ou fé cega.
Trata-se de compreensão espiritual, que exige que cultivemos as
qualidades espirituais que emanam da consagração e da devoção ao
Deus único. PRECISAMOS TOMAR A CRUZ DA DEDICAÇÃO A ESSA TAREFA.
Os
dias de hoje clamam pela aceitação da cura espiritual, que ocorre
mediante a compreensão de que a vida não é carnal, mas espiritual.
Os ensinamentos da Ciência Cristã oferecem a solução para a luta
da humanidade com o materialismo e pelo sofrimento dele resultante.
Na verdade, os dias de hoje estão forçando uma abordagem melhor,
uma maneira mais espiritual de resolver nossos problemas. No oitavo
capítulo da Epístola aos Romanos, Paulo mostra como é a vitória,
quando deixamos de lado um sentido carnal de existência, em favor de
um ponto de vista divino. Diz ele: “Os
que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que
inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor
da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”.
Cultivemos,
portanto, a capacidade de perceber a perfeição que Deus vê e
conhece. Em vez de tentar mudar a imperfeição para torná-la
perfeita, compreenderemos que a causa perfeita deve ter um efeito
perfeito. Não nos deixaremos mesmerizar, aceitando a discórdia como
se fosse real, nem seremos vítimas da discórdia. Veremos que
somente o que é espiritual é real e que, apesar das informações
agressivas que os sentidos físicos oferecem, tudo está
verdadeiramente bem. Com essa oração seremos capazes de trazer à
tona a perfeição. Veremos os resultados curativos da oração que
se firma na totalidade de Deus – no ponto de vista correto.
Transcrito
de O Arauto da Ciência Cristã – Junho 1995
http://fachodeluz.blog.br/wp/
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