Se quiserem, chamem-me SILO.
Pouco importa o nome que eu tive na encarnação.
Recuperar o ser humano consiste em curá-lo, não curá-lo de doença, mesmo se ela entre, também, em alguns casos, em minhas atribuições.
Hoje, é mais questão de cura da alma, porque a alma experimentou um caminho que foi chamado sofrimento, ligado às encarnações, ligado às condições de vida nesses mundos separados, divididos, nos quais vocês escolheram experimentar a ausência de Luz.
Mas, hoje, eu ajudo, tanto quanto possível, inúmeros seres humanos a curar-se.
Então, curar é submeter-se à Luz, à vontade da alma, é esquecer-se da personalidade, é deixar lugar, totalmente, para a vibração da alma, no conjunto de sua manifestação de vida.
Nisso, eu posso aportar a cura.
Há, também, meios, exercícios que permitem deixar lugar maior para a alma, para a Luz da alma, ao invés da luz da personalidade.
É preciso, para isso, acolher o Espírito de Verdade, acolher o Espírito de Luz, acolher Cristo, acolher Buda, acolher a Luz autêntica, a Luz de Verdade, a Luz do Sol.
Sua vida nessa dimensão tem sido, de todos os tempos, um combate entre aspirações opostas, por vezes, complementares, mas raramente.
Hoje, é-lhes demandado voltar sua personalidade para a alma e voltar essa alma para seu Espírito.
Então, eu lhes proponho estarem voltados para a alma e para o Espírito em si e dar-lhes dois exercícios extremamente simples, que lhes permitirão, em momentos de luta, em momentos de dúvidas, em momentos de medos, ter a faculdade de poder reforçar a Luz, para apagar a dúvida, para ir para mais autenticidade, para mais Unidade.
O primeiro exercício é muito simples.
A personalidade vive e exprime-se, vibratoriamente, através do plexo solar, através do chacra situado ao nível do abdômen, mas, também, outros centros, outros chacras situados, eles também, abaixo do abdômen, enquanto a energia da alma exprime-se acima do abdômen, acima do diafragma, essencialmente, no coração.
A energia do Espírito, a consciência do Espírito, a consciência de sua Divindade exprime-se, essencialmente, ao nível de seu sétimo chacra, no qual existe a imagem do coração.
E há, assim, a subdivisão do ser humano em três estágios, mas, essencialmente, em dois estágios: um estágio situado sob o diafragma e um estágio situado acima.
Não se esqueça de que, estando encarnado, seu corpo é portador de todas as vibrações, de todas as dimensões potenciais ou atuais.
Aí está a diferença.
Entretanto, o corpo deve ser o mármore no qual deve ser marcada a vibração do Espírito, porque não é graças ao corpo que vocês ascensionarão, mesmo se ele suba, mas graças ao Espírito de Verdade que está em vocês.
Então, o primeiro exercício será portar sua consciência não sobre o plexo solar, não sobre o plexo cardíaco, mas sobre suas cúpulas diafragmáticas.
Sobre esse músculo que separa a vida visceral da vida aérica.
Será necessário encontrar a chave e o lugar que permite conectar esse diafragma à sua Verdade transcendente.
De algum modo, fazê-lo abrir a porta da alma para, depois, passar ao segundo exercício, que é a efusão do Espírito.
É necessário considerar, chamar a energia da alma, fazer a transição pela porta estreita, situada na ponta de seu esterno, ponto de passagem do ego ao coração, ponto da chave do diafragma.
Assim, se vocês respiram, profundamente primeiro, colocando suas mãos sobre essas cúpulas diafragmáticas, pouco a pouco, vocês vão sentir o sopro passar não, unicamente, pelos pulmões e o ventre, mas, também, por suas mãos.
Vocês vão fazer nascer a vibração de sua alma em suas mãos, tomando consciência do ar que entra e que sai e que transita pelo diafragma.
Naquele momento, quando a vibração fizer-se em suas mãos, vocês poderão portar sua atenção, seu mental, sua emoção, sua energia ao nível do ponto de passagem, sob a ponta do esterno.
Será preciso fazer isso não como um processo de exercício meditativo ou de exercício espiritual, mas, efetivamente, fazê-lo de maneira consciente e na vida de todos os dias, no momento em que vocês sentem que o ego, a personalidade toma a dianteira, no momento da raiva, da tristeza, do medo, mas, também, no momento da alegria.
É preciso conduzir a emoção ao coração, porque o coração não conhece a emoção.
É preciso que a emoção seja transcendida pela energia do diafragma.
Assim, colocando as mãos de cada lado das cúpulas diafragmáticas, na parte anterior de seu corpo, através do sopro que passa por sua boca e, ao fim de certo tempo, quando a vibração tiver chegado em suas mãos, vocês poderão, naquele momento, fechar a boca.
Vocês vão fechar um orifício, que é a boca, vão abrir o orifício do nariz, que é conectado ao ponto central do ego ao coração.
Naquele momento, a vibração vai deslocar-se sobre esse ponto, e a consciência vai transitar da personalidade à alma, de maneira extremamente simples.
Façam isso não nos momentos espirituais de recolhimento, mas, sobretudo, nos momentos de tensões, de lutas, de medos, de contrariedades.
Naquele momento, essa técnica, extremamente simples, permitir-lhes-á fluidificar a energia do coração e voltar a alma para o Espírito.
Aí está o primeiro exercício que eu vim transmitir-lhes.
Se vocês têm interrogações em relação a esse primeiro processo, eu os escuto.
Questão: por que é preciso respirar pela boca?
Porque a respiração pela boca é a respiração da personalidade.
Enquanto a respiração da alma, bem conhecida de técnicas de yoga, é uma respiração alternada pelo nariz.
Aí, eu não lhes peço respiração alternada, mas, simplesmente, uma primeira etapa, que permite focalizar a energia nas mãos e, portanto, fazer a ligação entre a personalidade e a alma.
É apenas no momento em que as vibrações ativam-se nas mãos que vocês poderão fechar a boca e passar ao nariz.
Questão: o que significam as tensões que se pode sentir na ponta do esterno, fora desse protocolo?
Sentir esse ponto, para além do protocolo que eu acabo de dar – o exercício que é a palavra a mais adequada – é ligado à ativação desse novo corpo que é chamado a «porta estreita», ou seja, a passagem do ego ao coração.
É sobre esse ponto que se focaliza a energia, antes de invadir o coração.
É o ponto em que a energia da personalidade, que estava voltada para os impulsos interiores – sexualidade, nutrição, sociabilidade – deve voltar-se para o amor incondicional.
As pétalas do terceiro chacra devem retornar par ir nutrir o coração.
Sentir o ponto corresponde à emergência desse corpo Crístico, que é a porta estreita.
É aquela de que Cristo dizia «ninguém pode penetrar o reino dos céus se não volta a tornar-se como uma criança», livre de suas emoções, livre de seu mental, livre de seu passado, unicamente consciente do instante.
É por isso que eu chamei a isso «exercício», importante, se é porque ele os contextualiza na vivência do instante, na revivência da personalidade e recorre, conscientemente, não intelectual, mas diretamente, por intermédio de suas mãos e da consciência em suas mãos, ao nível do coração.
E pela respiração, é claro.
Questão: por que muitas pessoas, nesse momento, sofrem ao nível do coração?
Isso é ligado à ativação dessa energia da alma, é ligado aos sopros da personalidade, que irrigam a alma, mas a alma não está estabilizada nessa Luz, então, há passagens incessantes que se fazem entre o ego e o coração.
Apenas pode haver abertura total da alma e estabilização do ritmo cardíaco quando a alma está, totalmente, desviada da personalidade e alimentada pelo Espírito.
E esse será nosso segundo exercício.
Não temos mais questionamentos sobre esse primeiro exercício.
Então, se quiserem, antes de revelar-lhes o segundo exercício vamos, juntos, fazer isso.
Nesse momento, eu espero, vocês estão mais na alegria, mais no prazer do que na tristeza.
Mas o que quer que seja, qualquer que seja a emoção do instante, vocês abrem a boca, têm as mãos em contato com o diafragma, respiram amplamente pela boca e sentem o diafragma que se abre e que se fecha.
Em geral, dez ou quinze inspirações vão bastar.
Vocês podem, agora, ajudar-se com suas mãos, se sentem a vibração e, pouco a pouco, vão fechar a boca e deixar a respiração estabelecer-se pelo nariz.
E aí, quando tiverem feito esse exercício uma dezena de vezes, vocês começarão a sentir esse fluxo de energia que vai do plexo solar ao plexo cardíaco.
De momento, esse fluxo não está estabilizado.
Vocês arriscam sentir a energia que sobe e que desce, mas que não se estabiliza no coração.
Quer vocês percebam, quer sintam essa abertura da alma, essa energia no coração, qualquer que seja o nível de sua perceção, é para repetir, para integrar.
Não se esqueçam de que suas mãos são o retransmissor de sua consciência, ao nível de seu diafragma.
Esses gestos são gestos importantes.
Eles fazem parte de ritos iniciáticos da Escola dos Mistérios, a um nível que jamais foi revelado, até o presente.
Resta-nos um segundo exercício a dar-lhes.
Esse segundo exercício vai servir-lhes para estabilizar a energia que aflui para seu coração.
Deverá, portanto, ser realizado a partir do momento em que vocês sentirem esse fluxo de energia no coração.
Esse segundo exercício é importante.
Ele permite, também, inverter o sistema de valores, passar da consciência do ego à consciência da alma, passar da personalidade ao coração e voltar esse coração para o Espírito.
Trata-se, aí, de uma reversão de valores, em todos os sentidos do termo.
Assim, ele associa, ele também, um gesto feito com suas mãos, que é o de colocar sua palma da mão direita abaixo da clavícula esquerda e a palma da mão esquerda abaixo da clavícula do outro lado.
Esse sinal é um sinal importante.
Trata-se da saudação de Órion.
Naquele momento, vocês respiram pelo nariz, sua energia e sua consciência do coração vão reforçar-se e vocês vão perceber as energias de seu sétimo chacra, de seu centro do topo da cabeça que vão ativar-se.
Esse segundo exercício é, também, um rito iniciático importante.
Se vocês o fazem, antes que a energia da personalidade tenha passado ao coração, vocês não viverão ou sentirão grande coisa.
Mas, a partir do momento em que o fluxo do coração estiver estabelecido, o fluxo do coração preencher-se-á, vocês poderão praticar essa saudação.
Este, contrariamente ao primeiro exercício, não deve ser praticado nos momentos de contrariedade, mas, efetivamente, nos períodos em que vocês tenham conseguido canalizar as energias da personalidade ao coração e transcendê-las no coração.
Eis os dois exercícios importantes que eu queria dar-lhes, porque eles são fundamentais no período de abertura que vocês vivem, no período de interpenetração de níveis dimensionais vibratórios que vocês experimentam.
Se vocês têm uma questão em relação a esse segundo exercício, gostaria de responder.
Questão: é importante concentrar-se no sétimo chacra ou, efetivamente, ele se ativa espontaneamente?
A posição das mãos na saudação de Órion vai permitir, já, ativar o sétimo chacra, mas na condição, é claro, de que o coração seja portador do fogo.
Questão: por que os faraós são, frequentemente, representados nessa saudação?
Porque eles conheciam a saudação de Órion.
Nós estamos, esta noite, em exercícios espirituais e não de agilidade ou de atividade mental.
São referências que existiram de todos os tempos, que foram mantidas escondidas pela Escola dos Mistérios ocidentais e orientais desde o tempo do Egito.
Como o auditório observa, com razão, é um posição na qual são representados os Faraós e, unicamente, os Faraós ou os dignitários do clero de então, que tinham acesso a essa saudação.
Questão: esses dois exercícios podem ser feitos sem focalizar, primeiro, sobre os chacras inferiores, para enraizar-se?
Perfeitamente.
O trabalho sobre o chacra do coração é um fluxo de energia que vai da personalidade ao coração.
Ele é independente de patologias existentes ou preexistentes, entre aspas, dos chacras inferiores.
O medo, por exemplo, é ligado ao segundo chacra e não ao terceiro chacra.
Mas o objetivo é acolher todas as energias inferiores.
Eu separei o corpo em dois em relação ao diafragma.
Há o que está abaixo e há o que está acima dele.
Questão: esse exercício deve durar quanto tempo, e fazer-se em qual posição?
A posição importa pouco.
A duração é função do que vocês conseguem preencher em seu coração.
Quanto mais o coração estiver preenchido, mais vocês terão vontade de prosseguir e mais estarão prontos para fazer o segundo exercício.
Esses exercícios são simples em si, mas portadores de algo de fundamental.
Há outros exercícios, mas estes, atualmente e para os períodos que vocês vão viver, são os mais fundamentais.
Eles engajam apenas seu corpo de carne, apenas sua personalidade e sua alma.
Eles são independentes de sua história, de suas crenças religiosas ou espirituais.
Questão: esses dois exercícios religam-nos à nossa Divindade?
É, certamente, a etapa preliminar ao acesso à sua Divindade.
Existem, obviamente, muito numerosos caminhos.
Eu quis dar-lhes, através desses dois exercícios que eu lhes revelo, algo de simples, algo que não leva mais em conta o mental e que transcende a emoção.
Caros irmãos e irmãs em Cristo, eu espero que vocês tenham a oportunidade de verificar, muito rapidamente, a eficácia desses exercícios.
Eles são extremamente simples, mas, também, extremamente fiáveis.
Eles lhes permitirão ir, mais rapidamente, gritando as emoções e o mental, aceder, mais rapidamente, ao seu coração.
Até breve.
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