O
que quis Jesus dizer, ao declarar: “O
reino de Deus está dentro em vós?” Estava
ele falando em termos abstratos? Ou teria dito essas palavras a fim
de acalmar alguém? Qualquer dessas conjecturas está em desacordo
com o que sabemos acerca de Cristo Jesus, o qual se expressava sempre
de maneira direta. Por certo, então, quis dizer que o reino de Deus
vigora no coração do homem. Vejamos o que significa para todos nós,
hoje em dia, essa ideia poderosamente sanadora.
Jesus
seguramente não indicou que o reino de Deus está dentro no homem
mortal, material. Isso seria panteísmo. Significaria que a criação
de Deus é feita de matéria e constitui o mundo material. O
panteísmo pretende não só considerar real a desventura, mas também
pretende tornar Deus responsável tanto pelo caos como pela ordem,
pela discórdia como pela harmonia. Acaso não estaria Jesus
mostrando que o Reino de Deus reside no homem verdadeiro, o homem
descrito no primeiro capítulo do Gênesis, o homem formado à imagem
e semelhança de Deus?
O
verdadeiro corpo do homem criado por Deus, como o explica a Ciência
Cristã, é
a expressão perfeita da natureza de Deus, inclusive de cada uma das
qualidades de Deus – qualidades que têm de ser espirituais, e não
materiais, qualidades provenientes exclusivamente de Deus. Essas
qualidades caracterizam para sempre a imagem de Deus. Cada uma delas
tem de estar em harmonia com todas as outras, pois a imagem de Deus
está total e constantemente sob o seu Governo.
O
reino de Deus inclui o desvelo, a perfeita integridade e o sustento
de cada ideia – inclui a continuidade de sua identidade perfeita.
Esse reino é controlado pela inteligência infinita, ou Deus. Na
página 151 de Ciência
e Saúde, a
Sra. Eddy diz: “A
Mente divina, que fez o homem, mantém Sua própria imagem e
semelhança”.
A
vida está baseada no Espírito, Deus, de maneira completa, positiva
e permanente. Acreditamos, realmente, que o homem espiritual é a
realidade da vida? Ou será que pensamos no homem como uma estrutura
de ossos, movida por músculos, alimentado pelo sangue, protegido
pela pele, controlado por um cérebro e um sistema nervoso material?
É isso o que a mente carnal, ou a maneira de pensar baseada na
matéria, nos quer fazer crer. A Sra. Eddy o explica dessa forma,
em Ciência
e Saúde: “Jesus
via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o
homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o
Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de
ver o homem curava os doentes. Assim, Jesus ensinou que o reino de
Deus está intacto e é universal, e que o homem é puro e santo”.
Quando
encaramos no homem a expressão da natureza de Deus completamente
controlada por Deus, não dizemos realmente que o controle reside na
Mente, Deus? Por certo o controle não está e jamais pode
estar na matéria ou com a matéria. Também sabemos que quando uma
cura ocorre, ocorre na consciência. Explica Ciência
e Saúde:
“Esse
reino de Deus ‘está dentro de vós” – está aqui, ao alcance
da consciência do homem, e a ideia espiritual o revela”.
Estaremos
aceitando o pensamento de que o homem é um ser material, sujeito à
doença, à infecção, a acidentes ou à morte? Não será que
devemos manter a noção de que o homem é a ideia espiritual de
Deus, perfeitamente formada, mantida e protegida pela Mente infinita,
e, portanto, nunca sujeita a nenhum dos erros da carne ou do
pensamento incluindo ao que é mortal e materialista?
A
Sra. Eddy diz na página 259 de Ciência
e Saúde: “A
compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina
inclui um Princípio perfeito e uma ideia perfeita – Deus perfeito
e homem perfeito – como base do pensamento e da demonstração”. Tal
como é compreendido na Ciência
Cristã, o
homem não é uma mistura de matéria e espírito, nem é ele um ser
material com um espírito ou uma alma nele residentes, programado
para algum dia deixar para trás a carcaça material. O homem é,
agora mesmo, sempre foi, e sempre será, a perfeita imagem espiritual
de Deus. Por ser o homem a imagem de Deus, é ele a evidência da
própria existência de Deus. Todas as qualidades de Deus, qualidades
de estrutura, forma, vigor, inteligência, segurança, suprimento,
movimento, etc., têm de ser expressas por esse homem, têm de ser
expressas de maneira perfeita, e mantidas com perfeição, pois o
homem é o reflexo de Deus.
Quando
nos vemos tentados pelo pensamento agressivo de uma dor ou mal-estar
devido a acidente ou enfermidade, acaso não deveríamos desafiar tal
pensamento? Pode um tornozelo, por exemplo, doer ou inchar e ficar
escuro devido a um acidente, ou por sermos levados pelo pensamento
materialista a crer que os acidentes e seus efeitos são reais?
Uma
vez, andando numa moto numa rua movimentada, parei num farol vermelho
ao lado de uma grande tombadeira. Quando o sinal abriu, o motorista
deu a partida antes de mim, e inadvertidamente rodou com as rodas
traseiras sobre meu pé, que estava apoiado no pavimento. Meu sapato
era de couro macio. Ao perceber que algo havia acontecido, e temendo
o pior, o motorista saltou da cabina do caminhão e insistiu em
chamar uma ambulância. Aí estava, certamente, minha oportunidade de
aceitar que alguém tivesse pena de mim e, ao mesmo tempo, de
reconhecer existir um problema. Embora sentisse muita dor,
imediatamente comecei a insistir mentalmente em que eu era perfeito
como a expressão de Deus, e garanti ao motorista que não era
necessária a ambulância.
Logo
retomei o caminho, insistindo durante todo o tempo com o que eu sabia
ser verdadeiro sobre a estrutura, a ação, a substância, e sobre a
impossibilidade de qualquer forma de acidente ou ferimento no reino
de Deus. Ao chegar ao lugar onde queria, pude tratar do problema com
mais estudo profundo e com a ajuda da Bíblia e
de Ciência
e Saúde.Trabalhei
sinceramente para saber que nenhuma qualidade de Deus pode ficar
ferida e que não poderia ter havido um incidente causador de
ferimento. O reino de Deus, o controle de Deus, a proteção
infalível de Deus, estavam intactos e em plena evidência,
independentemente do que a matéria ou o pensamento mortal,
materialista, estivesse tentando afirmar. Só há uma fonte real do
pensamento do homem, e essa fonte é a Mente divina, a fonte de todo
o bem, e do bem somente.
Orei
por mais algum tempo, e a dor cedeu. Decidi, porém, não olhar para
a evidência material naquela noite, quando fui dormir. Portanto, não
tirei a meia. Na manhã seguinte havia só uma pequena mancha no meu
pé, não havia inchação e praticamente nada de dor. Logo esses
traços também desapareceram. Os efeitos do acidente haviam sido
curados, mas a gravidade do ocorrido estava visível na grande marca
negra do pneu no meu sapato. Fiquei grato, e continuo grato por essa
cura.
O
reino de Deus está, sempre esteve e sempre estará intacto – isto
é, perfeito. Esta minha experiência foi apenas uma pequena maneira
de dar provas desse fato. Nunca pode haver fratura da verdadeira
substância, nunca pode haver interrupção da verdadeira ação,
nunca pode haver mancha ou falha na substância de Deus, refletido
pelo homem que Deus criou. Na medida em que compreendermos a
verdadeira natureza do reino de Deus, poderemos demonstrar esse reino
dentro em nós.
(Transcrito
de O Arauto da Ciência Cristã – Maio 1988)
http://fachodeluz.blog.br/wp/
O
que quis Jesus dizer, ao declarar: “O
reino de Deus está dentro em vós?” Estava
ele falando em termos abstratos? Ou teria dito essas palavras a fim
de acalmar alguém? Qualquer dessas conjecturas está em desacordo
com o que sabemos acerca de Cristo Jesus, o qual se expressava sempre
de maneira direta. Por certo, então, quis dizer que o reino de Deus
vigora no coração do homem. Vejamos o que significa para todos nós,
hoje em dia, essa ideia poderosamente sanadora.
Jesus
seguramente não indicou que o reino de Deus está dentro no homem
mortal, material. Isso seria panteísmo. Significaria que a criação
de Deus é feita de matéria e constitui o mundo material. O
panteísmo pretende não só considerar real a desventura, mas também
pretende tornar Deus responsável tanto pelo caos como pela ordem,
pela discórdia como pela harmonia. Acaso não estaria Jesus
mostrando que o Reino de Deus reside no homem verdadeiro, o homem
descrito no primeiro capítulo do Gênesis, o homem formado à imagem
e semelhança de Deus?
O
verdadeiro corpo do homem criado por Deus, como o explica a Ciência
Cristã, é
a expressão perfeita da natureza de Deus, inclusive de cada uma das
qualidades de Deus – qualidades que têm de ser espirituais, e não
materiais, qualidades provenientes exclusivamente de Deus. Essas
qualidades caracterizam para sempre a imagem de Deus. Cada uma delas
tem de estar em harmonia com todas as outras, pois a imagem de Deus
está total e constantemente sob o seu Governo.
O
reino de Deus inclui o desvelo, a perfeita integridade e o sustento
de cada ideia – inclui a continuidade de sua identidade perfeita.
Esse reino é controlado pela inteligência infinita, ou Deus. Na
página 151 de Ciência
e Saúde, a
Sra. Eddy diz: “A
Mente divina, que fez o homem, mantém Sua própria imagem e
semelhança”.
A
vida está baseada no Espírito, Deus, de maneira completa, positiva
e permanente. Acreditamos, realmente, que o homem espiritual é a
realidade da vida? Ou será que pensamos no homem como uma estrutura
de ossos, movida por músculos, alimentado pelo sangue, protegido
pela pele, controlado por um cérebro e um sistema nervoso material?
É isso o que a mente carnal, ou a maneira de pensar baseada na
matéria, nos quer fazer crer. A Sra. Eddy o explica dessa forma,
em Ciência
e Saúde: “Jesus
via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o
homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o
Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de
ver o homem curava os doentes. Assim, Jesus ensinou que o reino de
Deus está intacto e é universal, e que o homem é puro e santo”.
Quando
encaramos no homem a expressão da natureza de Deus completamente
controlada por Deus, não dizemos realmente que o controle reside na
Mente, Deus? Por certo o controle não está e jamais pode
estar na matéria ou com a matéria. Também sabemos que quando uma
cura ocorre, ocorre na consciência. Explica Ciência
e Saúde:
“Esse
reino de Deus ‘está dentro de vós” – está aqui, ao alcance
da consciência do homem, e a ideia espiritual o revela”.
Estaremos
aceitando o pensamento de que o homem é um ser material, sujeito à
doença, à infecção, a acidentes ou à morte? Não será que
devemos manter a noção de que o homem é a ideia espiritual de
Deus, perfeitamente formada, mantida e protegida pela Mente infinita,
e, portanto, nunca sujeita a nenhum dos erros da carne ou do
pensamento incluindo ao que é mortal e materialista?
A
Sra. Eddy diz na página 259 de Ciência
e Saúde: “A
compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina
inclui um Princípio perfeito e uma ideia perfeita – Deus perfeito
e homem perfeito – como base do pensamento e da demonstração”. Tal
como é compreendido na Ciência
Cristã, o
homem não é uma mistura de matéria e espírito, nem é ele um ser
material com um espírito ou uma alma nele residentes, programado
para algum dia deixar para trás a carcaça material. O homem é,
agora mesmo, sempre foi, e sempre será, a perfeita imagem espiritual
de Deus. Por ser o homem a imagem de Deus, é ele a evidência da
própria existência de Deus. Todas as qualidades de Deus, qualidades
de estrutura, forma, vigor, inteligência, segurança, suprimento,
movimento, etc., têm de ser expressas por esse homem, têm de ser
expressas de maneira perfeita, e mantidas com perfeição, pois o
homem é o reflexo de Deus.
Quando
nos vemos tentados pelo pensamento agressivo de uma dor ou mal-estar
devido a acidente ou enfermidade, acaso não deveríamos desafiar tal
pensamento? Pode um tornozelo, por exemplo, doer ou inchar e ficar
escuro devido a um acidente, ou por sermos levados pelo pensamento
materialista a crer que os acidentes e seus efeitos são reais?
Uma
vez, andando numa moto numa rua movimentada, parei num farol vermelho
ao lado de uma grande tombadeira. Quando o sinal abriu, o motorista
deu a partida antes de mim, e inadvertidamente rodou com as rodas
traseiras sobre meu pé, que estava apoiado no pavimento. Meu sapato
era de couro macio. Ao perceber que algo havia acontecido, e temendo
o pior, o motorista saltou da cabina do caminhão e insistiu em
chamar uma ambulância. Aí estava, certamente, minha oportunidade de
aceitar que alguém tivesse pena de mim e, ao mesmo tempo, de
reconhecer existir um problema. Embora sentisse muita dor,
imediatamente comecei a insistir mentalmente em que eu era perfeito
como a expressão de Deus, e garanti ao motorista que não era
necessária a ambulância.
Logo
retomei o caminho, insistindo durante todo o tempo com o que eu sabia
ser verdadeiro sobre a estrutura, a ação, a substância, e sobre a
impossibilidade de qualquer forma de acidente ou ferimento no reino
de Deus. Ao chegar ao lugar onde queria, pude tratar do problema com
mais estudo profundo e com a ajuda da Bíblia e
de Ciência
e Saúde.Trabalhei
sinceramente para saber que nenhuma qualidade de Deus pode ficar
ferida e que não poderia ter havido um incidente causador de
ferimento. O reino de Deus, o controle de Deus, a proteção
infalível de Deus, estavam intactos e em plena evidência,
independentemente do que a matéria ou o pensamento mortal,
materialista, estivesse tentando afirmar. Só há uma fonte real do
pensamento do homem, e essa fonte é a Mente divina, a fonte de todo
o bem, e do bem somente.
Orei
por mais algum tempo, e a dor cedeu. Decidi, porém, não olhar para
a evidência material naquela noite, quando fui dormir. Portanto, não
tirei a meia. Na manhã seguinte havia só uma pequena mancha no meu
pé, não havia inchação e praticamente nada de dor. Logo esses
traços também desapareceram. Os efeitos do acidente haviam sido
curados, mas a gravidade do ocorrido estava visível na grande marca
negra do pneu no meu sapato. Fiquei grato, e continuo grato por essa
cura.
O
reino de Deus está, sempre esteve e sempre estará intacto – isto
é, perfeito. Esta minha experiência foi apenas uma pequena maneira
de dar provas desse fato. Nunca pode haver fratura da verdadeira
substância, nunca pode haver interrupção da verdadeira ação,
nunca pode haver mancha ou falha na substância de Deus, refletido
pelo homem que Deus criou. Na medida em que compreendermos a
verdadeira natureza do reino de Deus, poderemos demonstrar esse reino
dentro em nós.
(Transcrito
de O Arauto da Ciência Cristã – Maio 1988)
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