Deus
nos dotou da capacidade de manifestar Seu poder divino em nosso dia a
dia. Para isso, é preciso preservar um sentido consciente da união
com Deus, a Mente eterna. Quando começamos a conscientizar a
presença eterna de Deus, que Ele está mais perto do que a atmosfera
ou a luz solar, começamos a demonstrar nossa unidade espiritual com
o Pai. Escreve Mary Baker Eddy: “Simplesmente
precisais preservar um sentido positivo e científico de unidade com
a vossa Fonte divina, e demonstrar isso todos os dias”.
Um
dos primeiros requisitos da oração que se faz por si mesmo é o de
expulsar o medo, pois este é inimigo do progresso. O medo desaparece
na medida em que se estabelece na consciência o fato de que toda
realidade é Deus. Progride-se conscientizando-se todos os dias da
superioridade que o homem tem sobre a velhice, os acidentes, a
doença, a morte e todo o erro, e com a negação destes deve vir a
afirmação da realidade espiritual de que o homem é espiritual e
vive no Espírito de Deus. Deve-se reconhecer que o erro latente não
tem lugar na consciência do homem e qualquer sugestão agressiva do
mal que possa gritar para ser ouvida, deve ser calada. Não basta uma
breve negação do erro em geral. As pretensões devem ser negadas
especificamente e devem ser usadas verdades espirituais específicas
para anulá-las. Esta limpeza específica do pensamento traz a paz de
Deus que excede todo o entendimento humano.
A
Identidade em Cristo, a verdadeira Mente do homem, é sustentada por
Deus. Não pode ser mesmerizada por sugestões mentais agressivas.
Nela não há o menor traço de sugestões mentais agressivas que
haveriam de amedrontar, desviar, deter, ou impedir-nos de fazer hoje
o trabalho que nos compete. Vigília constante é o preço que temos
de pagar para adequadamente proteger o nosso lar mental.
Nosso
dever para com Deus é não servir a nenhum outro deus—só ao único
Deus infinito, que é Princípio, Vida, Verdade, Amor, Espírito,
Alma e Mente divinos.
O mal é sempre irreal. Não é um homem, pois o homem é ideia
espiritual e perfeita de Deus. O mal é mero conceito errado, o
oposto do que é verdadeiro. Portanto, o lugar único em que
poderemos superar o erro é na consciência, em nosso próprio
pensamento, e não no de nosso próximo. Independente de qual a
discórdia com que pareça estarmo-nos confrontando, é preciso ver a
sua irrealidade em nosso pensamento. Ela não tem maior realidade do
que a que lhe damos. A oração por nós mesmos é a nossa linha de
ataque. Sua finalidade primária é varrer do nosso pensamento todos
os conceitos de existência que não se originam em Deus. Nesse
processo de limpeza, naturalmente ajudamos os outros, pois os bons
pensamentos, que manifestam Deus, abençoam todos aqueles sobre quem
repousam.
Quando
ficamos tentados a fazer uma realidade do erro cometido por outra
pessoa, estamos, sem o saber, alinhando-nos do lado do erro. Alguma
crença na realidade do mal, que ainda não foi resolvida em nossa
consciência, talvez nos disponha a crer que o erro de outrem é
realmente a individualidade dessa outra pessoa. Resolve-se um
problema humano, isto é, anula-se o erro, mediante o trabalho mental
diário que se faz para si mesmo: e, nesse trabalho, acha-se incluído
o deslindar em nosso próprio pensamento as tramas do sentido
material.
Se
alguém quiser atingir a salvação plena do pecado, da doença e da
morte, precisa ver mentalmente a irrealidade do que o sentido
material chama de existência mortal e vir a compreender que sua
única história real é sua história espiritual. O homem já se
acha estabelecido como a expressão individualizada da Mente divina.
É importante negar todo erro ou pecado no decurso da vida humana e
afirmar, com compreensão, o fato oposto, isto é, a existência
espiritual. O único meio certo de viver é o de manter o pensamento
unido a Deus, é seguir com Deus e falar com Ele. Então o Espírito,
a Mente, haverá de eclipsar as discórdias da matéria e trazer a
cura. A obstinação, a justificação própria e o egotismo têm de
ser sobrepujados porque são empecilhos à cura. Ocultam a unidade
que há entre o homem e Deus.
Cristo
Jesus é nosso modelo para a cura pelo poder do Espírito. Sua obra
de curar alicerçava-se na união que há entre o homem e Deus. Em
certa ocasião, declarou: “Eu nada posso fazer de mim mesmo”, e
noutra oportunidade disse: “Eu e o Pai somos um”. A Sra. Eddy
escreve: “Assim
como uma gota de água é uma com o oceano, um raio de luz um com o
sol, do mesmo modo Deus e o homem, o Pai e o Filho, são um no ser”.
É
preciso grande humildade para demonstrar que o homem é um com Deus.
O orgulho humano e a força de vontade não fazem parte da
demonstração. A união com o Pai só é alcançada à medida que os
mortais lançam fora a natureza carnal e manifestam a natureza
divina. Para a obtenção desse mais elevado e digno de todos os
objetivos, é essencial a oração diária por si mesmo, feita com
compreensão.
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