domingo, 8 de dezembro de 2013
"PERDOEM... MAS NÃO ESQUEÇAM!” ***Nelson Mandela*** SE NO ESQUEÇAM COMO PERDOA?
O PROCESSO DE PERDÃO
O perdão não é um ato senão um processo. Cada dia
perdoamos mais um pouco e assim vamos liberando-
-nos do passado. Em alguns casos, este processo
pode fazer-se de uma só vez, mas na maioria o perdão
requer tempo.
Para entender os passos que se devem dar no processo
do perdão, devemos entender primeiro como
funciona a projeção que faz o nosso ego, as feridas
emocionais que arrastamos, vemo-las com mais claridade
nos outros e não em nós próprios. O ego recusa-
se a aceitar que é um próprio o que tem o problema
e projeta-o para fora encontrando o perfeito
“culpado”. De esta maneira culpamos o nosso companheiro,
o nosso pai, a nossa mãe, os nossos filhos,
o nosso patrão, um amigo ou quem for pela nossa infelicidade.
Uma analogia muito válida é a seguinte:
quando vamos ao cinema pensamos que o filme está
no ecrã; no entanto não é assim, o filme que estamos
a assistir está no projetor e o que vemos não é mais
do que a projeção que faz a máquina. Da mesma
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maneira, o “filme da nossa vida” não é mais do que
a projeção que surge da nossa própria mente.
Então, o primeiro passo para “perdoar”, é reconhecer
que a culpa não está fora. Devemos interromper o
fenómeno da projeção e não aceitar como culpado a
alguém ou algo externo a nós. Devo reconhecer que
o de fora ativou uma ferida emocional que está em
mim e por isso me incomodou ou me aborreceu. O
segundo passo é aceitar que a ferida está dentro de
um próprio. Se neste processo nos detemos neste
passo, o ego fará sentir-nos culpados a nós próprios.
O terceiro passo consiste em entregar essa culpa ao
Espírito Santo ou Eu Superior para que perdoe por
nós. Devido a que todos nós estamos envolvidos no
mesmo sistema de pensamento do ego, necessitamos
um elemento externo a este sistema que nos
ajude a recuperar a naturalidade. O Eu Superior é a
parte perfeita da mente que nos lembra permanentemente
a nossa natureza espiritual.
Em conclusão, nós não temos a capacidade de perdoar.
Não podemos perdoar aos nossos inimigos nem
a nós próprios. Somente fazemos um jogo intelectual
que se parece mais a uma pose arrogante.
Cremos que somos os “bons” porque perdoamos os
“maus”. Por isso necessitamos a ajuda do Eu Superior.
É no terceiro passo onde procedemos a pôr o
problema nas mãos de Deus para que Ele próprio o
resolva e sane aquilo que necessita ser sanado.
Quando se dá o verdadeiro perdão, sente-se uma
grande paz interior. Se pedir ajuda ao teu Eu Superior
resulta-te estranho, podes invocar no seu lugar
a entidade espiritual que preferires segundo a tua
religião: Jesus, Buda, Sai-Baba, ou Deus.
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A próxima vez que sentires um aborrecimento muito
grande por alguém deverá pôr em prática o processo
do perdão. Primeiro, terás que aceitar que essa pessoa
não é a culpada do teu aborrecimento. Em segundo
lugar, deverás admitir que na verdade há uma
parte de ti que se aborrece por aquilo que o outro
faz. Finalmente, terás de pedir ajuda para que o teu
Eu Superior possa perdoar por ti aquilo que não percebes
nem aceitas. Ao fazer isto, pões em mãos do
Universo o processo do perdão e assim se curam as
tuas próprias feridas e as dos outros. Geralmente,
acontece algo mágico, o que chamamos “milagre”.
OS BENEFÍCIOS DO PERDÃO
O “Perdão” depende da tua boa vontade, do teu desejo,
da tua disposição de querer soltar aquilo que e
fez mal em algum momento. Quando pedes ajuda
começam a trabalhar todos os mecanismos do Universo
para restaurar a harmonia na tua vida.
O processo do perdão pode comparar-se ao facto de
tomar consciência de que na realidade, ninguém nos
fez mal nem tão-pouco nós fizemos aos outros. O suposto
“pecado” não é mais do que um erro de perceção.
Definitivamente, isto é demasiado simples para
que o nosso ego o possa aceitar. O ego sempre tem
todas as razões do mundo para justificar a sua posição
especialmente, quando nos aborrecemos com
alguém. Então encontramos as razões lógicas ao
nosso aborrecimento que nos levam a julgar e condenar.
Ademais, o ego procura aliados. Tratamos de
convencer a todos das nossas razões. Mas a verdade
é que quanto mais justificamos a nossa posição, realmente
mais inseguros estamos.
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Um dos motivos pelos quais não existem culpados é
porque cada um de nós sempre está a dar o seu melhor,
de acordo com o seu grau de cultura e Consciência.
Quando nos enganamos é porque não sabemos
fazer algo melhor. Se retrocedêssemos no
tempo até o momento justo em que cometemos um
grande erro dez anos atrás, voltaríamos a fazer o
mesmo, porque esse era o nosso estado de consciência.
Sempre fazemos o que cremos que é melhor
em cada momento, ainda que estejamos totalmente
enganados.
Deus não condena porque sabe que estamos aqui
para aprender. O ego é o único que julga e condena.
A nossa mente é limitada e nunca captamos tudo o
que está a se passar. Tal como vimos anteriormente,
existem fios kármicos que contêm histórias secretas
para os nossos sentidos. Podemos perceber uma situação
como uma injustiça, mas na realidade, não
sabemos se o injusto só lhe está a dar a oportunidade
ao outro de resolver o seu erro.
Ademais, as diferenças culturais fazem que a nossa
capacidade de juízo seja limitada. Por exemplo, para
um esquimó é bom hábito oferecer a sua mulher
para que durma com a pessoa que os visita. Para
nós, parece uma loucura; no entanto, para os esquimós
é totalmente normal. Quem tem razão? A resposta
é simples: nenhum. Cada um está a viver a
sua própria experiência.
Sem fazer referência a nenhuma personagem política
em particular, é importante saber que aquelas
personagens “más” que mobilizam grandes quantidades
de pessoas são espíritos que têm a missão de
elevar a Consciência Coletiva de certa raça ou socie116
dade. Eles podem despertar emoções negativas,
mas também ajudam a desenvolver a atitude de serviço
de todo um povo ou uma nação. O ódio que eles
despertam individualmente não é mais do que o ódio
que cada um tem que sanar em si próprio. Todos os
países têm o seu karma de grupo. Cada cidadão tem
de lidar em maior ou menor medida com este tipo de
karma. Um exemplo notável é o caso de Cuba. De
acordo com a numerologia, a palavra “Cuba” soma
8, números de karma fortes provas e dor. Não é casualidade
que em Miami a rua dos cubanos seja a
rua 8.
Segundo a Lei de Causa e Efeito, em essência só fazemos
duas coisas: damos amor ou pedimos amor.
Uma forma muito comum de pedir amor é a queixa.
Quando uma pessoa se “queixa ou reclama” a outra
a sua atenção, no fundo só lhe está a pedir o seu
amor. Lamentavelmente, a queixa é um recurso negativo
que leva a obter o resultado oposto.
Na rede de relações que estabelecemos, todos
aprendemos e ensinamos ao mesmo tempo. Embora
não sejamos conscientes disso, as pessoas que nos
rodeiam aprendem algo de nós e vice-versa, ainda
quando a relação seja superficial ou de pouco tempo.
Das grandes crises aprendemos lições maiores, mas
fazendo uso da nossa faculdade de eleger, “Eu peço-
-lhe ao Universo que me ensine de boa maneira”.
Basicamente porque não gosto de aprender através
da dor. A maioria das pessoas aprende desse modo
para ficarem cheias de ressentimento ou frustrações.
Sugiro-te que me imites e peças que, a partir de este
momento, tudo o que tenhas que aprender seja ensinado
de boa maneira e assim é.
Um abraço de luz! Marco
Estrato da: “Manual de instrução para esta vida” Autor: Horacio M. Valsecia
http://aluisionestelar.ning.com/
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