Por Maria Chambers
Às vezes, estamos tão física e
emocionalmente em “estado de choque” devido a este processo de
integração, que não conseguimos ver a beleza dessa iluminação
incorporada.
Como estamos criando literalmente uma nova realidade, exatamente aqui em
uma realidade velha e dualista! E essa nova realidade nunca existiu
antes – em que os opostos se reúnem.
O eu humano e o eterno. Estamos ainda cercados por uma realidade de terceira dimensão muito densa e muitas vezes dura, mas estamos nos tornando cada vez menos sujeitos a suas influências, mesmo para a física. Sim, estamos começando a desafiar a própria física!
Estamos nos transformando de um corpo de base carbono para um
cristalino. Nosso DNA está se transformando à medida que a luz é
introduzida nas células.
E, embora a ascensão seja uma parte natural de nosso processo evolutivo, a iluminação incorporada é novidade. Um ser humano pode ascender sem integrar plenamente o seu corpo de luz. Pode expandir sua consciência para os domínios superiores, mas não envolve necessariamente o corpo humano ou a personalidade humana. A maioria dos Mestres Ascensos do passado deixou o planeta logo após sua iluminação, porque eles não tinham preparado os seus corpos para incorporar o espírito. De fato, eles viam o corpo como uma distração.
Mas, escolhemos permanecer aqui e incorporar o nosso eu eterno. Não
estávamos dispostos a espalhá-lo ao longo de diversas vidas. Queríamos
que fosse realizado nesta existência.
Portanto, esta nova realidade não é apenas um conceito agradável, ou os
devaneios de uma mente delirante… é muito real, e no entanto é muito
fluido. É menos denso, mais maleável. Combina os atributos físicos e
etéreos.
Nosso corpo sente isso, visto que às vezes experimenta uma
flutuabilidade, tontura, náusea e outros sintomas, por entrar e sair de
realidades diferentes. E às vezes sentimos o peso, a densidade, aqui,
até mais profundamente.
Como se estivéssemos pisando em sopa de ervilhas. Vibracionalmente, não somos mais compatíveis com a velha consciência e a realidade que ela reproduz.
Nosso corpo de luz está se ajustando ao seu novo lar, aqui em nosso
corpo. E, visto que nunca experimentou esse tipo de integração antes, é
extremamente sensível às energias.
Mas, no final das contas se integra e se equilibra, e o corpo físico faz o mesmo. Por mais lenta que essa integração nos pareça, há um benefício em não ir rápido demais, a menos que queiramos queimar o nosso sistema.
SOMOS MODELOS VIVOS
Todos sabemos intimamente como é desafiador ter que nos sentir em tais
níveis profundos, todos os temores e outras emoções que herdamos. Ter
que suportar as mudanças físicas, algumas das quais trazem à tona
antigas doenças hereditárias para serem transmutadas. Mas, faz parte do
processo.
Contudo, apesar das dificuldades, é reconhecidamente um processo
incrível. Aqui estamos, um pequeno, porém devotado grupo de todo o mundo
sendo os primeiros a passar por isso.
Existem alguns milhões despertando neste momento, mas aqueles que estão na vanguarda, que são os primeiros a experimentar isso, é um número pequeno.
As realizações externas que as sociedades mantêm na mais elevada estima
empalidecem em comparação com o que está acontecendo aqui dentro de cada
um de nós.
Outros não têm a menor ideia de que somos aqueles que concretizam uma solução para os problemas que o mundo, os Universos e até nossas famílias espirituais enfrentam de volta para casa. Estamos incorporando a mesma consciência que soluciona a batalha da luz e da escuridão, masculino e feminino, e de todo o restante disso.
Isso não quer dizer que, de repente, tudo fique limpo, que nossos
companheiros humanos fiquem mais fáceis de se conviver. Muito pelo
contrário.
Mas isso significa que estamos criando o novo modelo de paz, amor e paixão. Tornamo-nos exemplos vivos de humanos divinos que são integrados, amam a si mesmos, são autossustentáveis e têm uma paixão pela vida. Que estão livres para expressar sua sensualidade e que não temem o que os outros pensam deles. Tornamo-nos exemplos vivos de seres que são ainda muito humanos, ainda ficamos irritados, ainda perdemos a paciência, mas a diferença é que estamos bem com isso e não estamos mais interessados em analisar todas as nossas “coisas”. E esse potencial está disponível àqueles que estão prontos para a mudança real. E mesmo que qualquer um de nós sinta que não está ‘lá’ ainda em nossa iluminação, ou que tem muito mais trabalho a fazer (o que é uma ilusão) ainda assim pavimentamos o caminho para aqueles que estão começando o seu despertar. Na verdade, se não avançarmos mais, já fizemos o que vimos fazer aqui.
A BATALHA INTERIOR – A FRONTEIRA FINAL
Há tantas palavras vazias referentes à paz e ao amor, à consciência de
unidade, mas muito poucos realmente compreendem o que isso significa.
O amor que estamos incorporando é o amor por SI. Por todos os nossos aspectos, por nossa assim chamada luz e sombra.
Não estamos mais renegando partes de nós mesmos. Mas, a fim de fazer isso, precisamos nos desconectar dos demais e deste mundo. Isso não implica na necessidade de abandonar nossa família, nossos parceiros, ou nos isolar de nós mesmos, em um topo de montanha em algum lugar… mas exige uma liberação energética. E isso às vezes significa deixar de lado amizades ou outros relacionamentos, às vezes, apenas temporariamente, outras, para sempre. Não há como fazer isso sem o foco interno, que vai parecer egoísmo para os outros.
Nossa única responsabilidade em relação ao resto do mundo é nos
mantermos livres e separados dele. É deixar de ser responsável pelo modo
como alguém se sente e deixar de fazer alguém responsável por nossos
sentimentos ou nossa alegria.
É também deixar de tornar responsável nosso eu humano por nossa alegria. Ou mesmo responsável por nossa saúde, nossa riqueza e nosso bem-estar. Muitos vão ver isso como sendo irresponsabilidade e indiferença. Mas, ser um Mestre da própria consciência e da própria realidade não será compreendido pela maioria da humanidade durante um longo tempo. Eles ainda não compreendem que a paz nunca será uma realidade neste planeta até que cada pessoa adote o auto-amor, a autoaceitação, e tenha uma profunda conexão com a própria alma.
AMEM A SI MESMOS
Mas, realmente, quantos seres humanos já gastaram tempo amando-se verdadeiramente?
Não se trata de exercício mental de separar as qualidades nos assim chamados atributos bons e maus e depois dizer: “Tudo bem, eu seleciono apenas a coisa ‘boa’ e escolho amar aquelas sobre mim mesmo.” Em seguida, rejeitar o resto.
Isso é o que a humanidade vem fazendo, e, bem, os resultados falam por si mesmos.
Portanto, esse amor acolhe todos os nossos aspectos, sem exceção. Não se
faz isso com a mente. A mente humana não possui a capacidade para essa
espécie de aceitação. Isso exige uma parceria com o eu eterno, o humano
com o divino, para consegui-lo.
Assim como deixamos que aqueles no resto do mundo batalhem uns com os
outros, em nome do amor, da religião, do poder ou de qualquer outro
jogo que esteja sendo praticado, fazemos o mesmo com os nossos
aspectos.
Estamos aprendendo a deixá-los batalhar entre si, sem interferir… muito mais difícil do que nos separar do mundo. Mas, estamos descobrindo que se continuarmos permitindo que essas nossas partes de nosso passado nos puxem para o drama, estaremos de volta à velha realidade novamente.
O que estamos fazendo é profundo. Estamos começando a confiar que já
estamos iluminados, que existe a nossa parte eterna que já está com o
masculino e o feminino equilibrados, que se honram mutuamente.
E essa parte iluminada está simplesmente voltando para casa, para nós aqui nestes corpos. E nesse processo nasce uma nova realidade.
A LIBERDADE É APENAS UMA OUTRA PALAVRA PARA NADA A PERDER
Essa afirmação nunca foi mais verdadeira do que neste processo
ascensional. Alguns dentre nós estão no ponto em que estamos dizendo:
“Tudo bem, eu apenas estou indo… apenas vou permitir que este processo se desenvolva, com a menor interferência possível da minha mente… o que mais posso perder? O que de pior pode acontecer? Eu vou morrer? Bem, eu vou fazer isso de qualquer maneira finalmente… e se eu morrer amanhã ou daqui a quarenta anos, quando acontecer ainda serei o meu EU SOU e tudo estará bem, e vou seguir em frente para outras aventuras… e o melhor cenário, fico por perto, integro o meu divino EU SOU, aproveito a vida aqui como um Mestre iluminado antes de morrer!” Portanto, ambos conduzem a finais felizes, realmente!
E já sabemos que estar aqui sem o nosso eu eterno é muito, muito pior do que qualquer medo da morte!
Tradução de Ivete Brito – adavai@me.com – www.adavai.wordpress.com
http://caminhodecura.blogspot.pt/2017/03/nossa-nova-realidade-posted-20-feb-2017.html
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terça-feira, 7 de março de 2017
A BATALHA INTERIOR – A FRONTEIRA FINAL
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