Começamos este Novo Ciclo com uma Lua Cheia reveladora e estimulante, no grau 22 de Câncer, em 12 de janeiro. É nesse período fundamental, após o burburinho da temporada passada, e antes de criar nossos próximos novos momentos deste Ano Novo, que somos abençoados com a dádiva dessa amorosa Lua Cheia, para que possamos nos interiorizar e nos reconectar com o nosso ser interior e recuperar o sentido do que é real e do que ainda é um falso cenário, que o nosso eu inferior constrói para nos impedir de aceitar a nossa realidade conforme ela realmente é. Devido ao fato de o nosso eu humano gostar de criar véus infinitos para cobrir a verdade, uma vez que não gosta dos horizontes desconhecidos, nem gosta da dor que deixar o que é familiar pode provocar.
Uma Lua que também nos convida a curar e a acalmar a nós mesmos antes de agirmos no plano físico, conforme o número 22 (reduzido: 4) nos lembra. Números que nos convidam a unificar e a trazer para o plano tangível, não só nossas visões anímicas, mas também os fortes pilares que as apoiarão à medida que aumentam e se expandem em nossa realidade física. Um momento para fazer descer de nossa Presença EU SOU a vida que criamos nos Reinos Superiores para o nosso Reino Físico, porque é aí que verdadeiramente experimentamos a vida e que somos capazes de colocar em prática tudo o que aprendemos acerca de esculpir e criar na Nova Terra.
No período da Lua Cheia, temos o Sol em Capricórnio, em oposição à Lua; ao representar o princípio masculino que assume a responsabilidade e manifesta nossas criações internas em nosso mundo tangível. Por outro lado, temos a Lua em Câncer, que representa o feminino em todos nós, o útero tenro de onde tudo se origina – uma cuidadora natural e curadora, que é responsável por dar à luz – um dos signos mais intuitivos de todo o zodíaco, que vive nos domínios das emoções e de uma forma mais elevada de amor.
A mensagem cósmica é combinar o nosso senso de dever e apego ao mundo material, com a necessidade de parar por um momento para ficar quietos e escutar a intuição de nossa alma e aquela parte nossa que está em perfeita harmonia com a nossa sabedoria divina interna, de modo que possamos obter as revelações de que necessitamos, antes de agir impulsivamente. Encontrar o equilíbrio entre nossa mente e coração, bem como entre os lados masculino e feminino, o que é sempre fundamental para encontrar a harmonia e restaurar o equilíbrio após um período longo de integração.
A Lua Cheia de Câncer fará oposição ao Sol e a Plutão, e também uma quadratura com Júpiter, o planeta da expansão, em Libra, e Urano, o planeta da mudança, em Áries – formando uma grande cruz cardinal nos céus. Júpiter em oposição a Urano é um trânsito importante com que vamos nos defrontar durante a maior parte deste ano de 2017. Isso pode parecer, principalmente para o coletivo, a um forte empurrão interno para nos liberar dos remanescentes do antigo e ser a mudança interior que vai conduzir às linhas de tempo da Nova Terra, que já foram criadas por aqueles que conscientemente escolheram navegar nelas.
A mudança pode ser sentida como caótica, quando a percebemos apenas a partir de nosso eu inferior, ou como uma dádiva divina, se decidirmos nos tornar observadores e visualizar a orientação que nos fará ver com clareza tudo o que deve ser desfeito em nossa realidade atual, bem como no coletivo, a fim de que possamos seguir em um novo caminho que estamos tão ávidos para trilhar, então será uma bênção enorme. Alguns vão optar por rebelar-se contra o sistema da velha matriz, criando o que vocês veem como mais caos, outros deverão optar por fazer isso ao interiorizar-se e deixar brilhar a própria centelha cada vez mais. Nossa missão é fazer aquilo que escolhemos com a nossa intenção para ajudar o Todo, não para julgar outras escolhas.
Quando nos tornamos testemunhas do que está acontecendo em nossa experiência, não há sofrimento possível a partir deste Lugar Superior de amor divino e não-julgamento, enquanto nos capacitamos a ver as coisas como são realmente, em lugar de ver o que as nossas mentes criam do que está acontecendo realmente. De repente, nos conscientizamos, pela lembrança anímica, de todos os papéis humanos em que concordamos participar neste momento – deixando de lado o que nos enfraquece e permitindo que novas experiências e nossas almas toquem nossas novas vidas.
Esse trânsito entre Júpiter e Urano também trará expansão para nossos dons criativos, principalmente para aqueles que já ancoraram um modo mais elevado de vida e que estão prontos para viver as delícias de todo o trabalho interno que vimos fazendo durante não apenas o ano passado mas, mesmo antes, mergulhando em todas as bênçãos, que tendo atravessado os véus das ilusões, nos esperam.
Câncer é também um signo que nos guia aos cantos ocultos de nosso ser, que o nosso eu inferior não está pronto ainda para enfrentar e curar aquelas feridas do passado que ainda mantemos internamente sem acolhimento, apenas porque elas são dolorosas demais para as aceitarmos. Para nos ajudar a curar esses sentimentos ocultos, temos o guerreiro, Marte, e o curador cósmico, Quíron, em um trígono com a Lua Cheia canceriana, trazendo uma infusão poderosa de cura, que podemos direcionar para nos comunicar com a nossa criança interior e trazer à tona aquelas questões que ainda estão nos impedindo de acolher todos os aspectos de quem somos e perdoar as memórias – nem sempre reais – em que o nosso eu inferior ainda se recria, ao não assumir a responsabilidade pelas próprias experiências e criações.
Entre toda essa energia cardinal de Capricórnio, Áries, Libra e Câncer que nos convida a fazer descer nossas visões para o físico e agir, temos também outras energias de cura, que nos ajudam em nosso processo de cura interna, neste momento intenso. Temos a Lua Cheia canceriana, juntamente a Quíron, bem como Netuno, Vênus e Marte, em Peixes, um maravilhoso período para ser sensatos e reservar tempo para equilibrar o lado feminino, porque na maioria das vezes polarizamos, permitindo que o nosso eu inferior masculinize a nossa experiência em vez de criar harmonia e um estado de cocriação mútua entre ambos.
Às vezes, tendemos a dar mais do que nos permitimos receber – distorcendo o nosso lado feminino, porque a Deusa que todos temos internamente é um ser soberano, que não permitirá que nada nem ninguém do lado fora retire o seu poder ou desrespeite quem ela é, caso contrário, ela se afastará do que inferioriza a sua existência, com amor incondicional e bênçãos para Todos, porque ela conhece tudo, até o que consideramos “negativo”, pertence à mesma Fonte de Amor e Luz que nos ajuda a evoluir no plano físico.
Trata-se de uma Lua que nos convida a habitar a Unicidade, que é aquilo com que nós, como almas em ascensão, estamos constantemente nos ocupando. A unidade de nossas vidas interna e externa que traz cura, integração e conscientização necessárias para unificar o que é fragmentado por nossas mentes limitadas e que provoca desequilíbrios em nossa existência humana, que, ao mesmo tempo, tem um impacto no Todo igualmente.
Quando finalmente conquistamos e compreendemos nossas sombras interiores, assim como nossa luz, passamos de um estado de fragmentação e ilusão humanas para um estado de totalidade e consciência da unidade, é que somos capazes de transitar para um estado de ser mais elevado e um novo modo de viver. Onde quer que vocês estejam, está perfeito, uma vez que este benevolente Universo está sempre oferecendo-lhes infinitos encontros de Alma e diferentes experiências para que se lembrem do seu caminho verdadeiro, que é sempre aquele de integração da alma e de expansão constante. Onde quer que vocês estejam, estão sempre sendo conduzidos ao lugar que deve ser o seguinte, não se comparem com os outros, porque vocês – assim como a sua jornada – são únicos e preciosos.
Essa amorosa Lua Cheia canceriana está nos convidando a desistir de nossas lutas internas e nos render à Inteligência Superior – dominando a arte de criar a perfeita harmonia e equilíbrio internos, de modo que possamos navegar por nossa realidade física, bem como nos relacionamentos. Porque é quando finalmente deixamos nossa velha perspectiva de como as coisas devem ser para trás, que tudo em nossa existência humana começa a se manifestar em sua forma natural, assim como nossas experiências estão destinadas a acontecer e não como queremos que elas sejam.
Com amor e luz, sempre
Natalia Alba.
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